na Tribuna da Imprensa
SÃO PAULO - A vantagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre o candidato Geraldo Alckmin (PSDB) caiu para 10 pontos percentuais, segundo pesquisa do Instituto Vox Populi para a revista "CartaCapital", divulgada ontem pela Rede Bandeirantes. Lula teve 42% e Alckmin, 32%. Esses números não garantem a vitória de Lula no primeiro turno - a diferença entre ele e a soma dos demais candidatos é menor que a margem de erro (2,2 pontos percentuais).
Na rodada anterior da pesquisa, anunciada há 10 dias, Lula tinha 45% e Alckmin, os mesmos 32% computados na nova apuração. A diferença a favor de Lula era de 13 pontos porcentuais na simulação de primeiro turno e agora caiu 3 pontos. Na pesquisa divulgada ontem, a candidata Heloísa Helena (PSOL) teve 7% e Cristovam Buarque (PDT), 1%. Os demais candidatos não pontuaram.
A pesquisa Vox Populi foi a primeira do instituto desde a formalização das candidaturas à Presidência da República. Ela confirmou a tendência de redução entre os dois principais candidatos à Presidência, já apontada pela pesquisa CNT/Sensus divulgada dia 12. Na pesquisa Sensus, Lula apareceu em situação de estabilidade em relação à apuração anterior e Alckmin cresceu quase 7 pontos percentuais; já na Vox Populi, Lula caiu 3 pontos (acima da margem de erro) e Alckmin teve a mesma pontuação anterior.
Apesar disso, na pesquisa CNT/Sensus a diferença entre Lula e Alckmin na simulação de primeiro turno estava em 16,9 pontos percentuais (Lula obteve 44,1% das intenções de voto e Alckmin, 27,2%). Em contrapartida, Alckmin arrancou e subiu 6,9 pontos porcentuais, no mais vigoroso avanço nas intenções de voto que tinha revelado até agora. Lula cresceu num ritmo inferior, apenas 3,6 pontos.
Nesse aspecto, a pesquisa Vox Populi é mais animadora para os tucanos porque apresenta uma diferença de apenas 10 pontos no primeiro turno, além de, pela primeira vez, não apontar com certeza a vitória de Lula nesse primeiro turno.
A pesquisa Vox Populi ouviu 2.003 pessoas em 121 municípios de todas as regiões do País entre os dias 8 e 10 deste mês. Mais detalhes serão divulgados na edição da CartaCapital que chega hoje às bancas.