por Carlos Chacas na Tribuna da Imprensa BRASÍLIA - Nem só de sucessão presidencial vivem as especulações eleitorais. As disputas nos estados são fundamentais para a composição do quadro político a prevalecer entre 2007 e 2010. Partindo-se da premissa de que o PT reelegerá o presidente, mas apenas um ou dois governadores, e de que o PMDB fará com facilidade maioria na Câmara e no Senado, o dado obscuro refere-se à falta de uma força capaz de exprimir uma tendência majoritária nos estados. Nessa disputa, governo e oposições jogam boa parte de suas fichas. PSDB e PFL, juntos, têm chances de eleger dez governadores. Os tucanos, com Teotônio Vilela Filho (Alagoas), Lúcio Alcantara (Ceará), Antero Paes de Barros (Mato Grosso), Aécio Neves (Minas Gerais), José Serra (São Paulo), Almir Gabriel (Pará) e Siqueira Campos (Tocantins). Já os liberais contam como certa a vitória de Paulo Souto (Bahia), José Roberto Arruda (Distrito Federal) e Roseana Sarney (Maranhão). Somados, vale repetir, são dez. O PMDB faz seus cálculos e reivindica ao menos Eduardo Braga (Amazonas), Paulo Hartung (Espírito Santo), Maguito Vilela (Goiás), José Maranhão (Paraíba), Roberto Requião (Paraná), Mão Santa (Piauí), Sergio Cabral Filho (Rio de Janeiro), Garibaldi Alves (Rio Grande do Norte), Germano Rigotto (Rio Grande do Sul), Luiz Henrique (Santa Catarina), e Amir Lando (Rondônia). São onze, número capaz de superar as oposições, em especial se entrar no cálculo o único candidato do PT considerado favorito, Marcelo Déda (Sergipe). Esses partidos imaginam muitas outras vitórias, assim como os partidos não referidos na relação acima. Por exemplo, João Capiberibe, do PSB, no Amapá. Sujeitas as previsões a mil e uma retificações e a mudanças radicais nas pesquisas, a conclusão é de que a partir de 2007 nem o Palácio do Planalto nem o Congresso, nem as oposições poderão contar com uma base amplamente majoritária de governadores estaduais. Será cada um por si, ou quase.
Editado por Giulio Sanmartini às 7/13/2006 03:54:00 AM |
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