Por Adauto Medeiros, engenheiro civil e empresário. Não é preciso ir muito longe. Começaremos com a redemocratização após a Segunda Guerra Mundial. Não tínhamos capitais, nem uma elite empresarial para industrializar o país. Preferimos a estatização do setor de siderurgia e mineração. A lei 2004 criou a Petrobrás que levou 52 anos para tornar o país auto-suficiente em Petróleo. Como dizia Eugenio Gudin, a Petrobrás no Brasil é uma empresa que funciona do chão para cima. Juscelino Kubtschek quando assumiu, trouxe o capital estrangeiro e estabeleceu a nossa industrialização que temos até hoje. Criamos um parque industrial privado e tudo indicava que iríamos nos tornar não só um grande exportador, como também ter uma liderança no chamado Terceiro Mundo, e sermos um país criativo e com excelente controle de qualidade. Perdemos o bonde e recuamos no tempo. Em 1964 os militares acharam que o Brasil tinha que fabricar de parafuso até as mais altas produções industriais, e com esse objetivo fecharam o país ao estrangeiro e o que ganhamos com isso, foi atrasar o Brasil por 2 décadas. Com Collor o país voltou a abrir-se ao comércio exterior novamente quando assumiu, promovendo uma saudável limpeza dos incompetentes que é um postulado do capitalismo, e advoga que só com mudanças é possível melhorar. O resultado foi a queda de Collor. Vão acompanhando. Mas antes de Sarney assumir criaram a famosa lei de informática e atrasaram o Brasil em 10 anos. É sempre assim, ou seja, protegemos sempre o incompetente.
Fernando Henrique Cardoso ao assumir conseguiu o milagre de privatizar 27 Bancos estaduais, cujo principal objetivo era financiar chefetes políticos de distritos. Quebraram todos graças a Deus. Nesse sentido acho que Deus olhou para nós. E FHC deu fim a 27 dinossauros da eletricidade com a privatização, e quem quiser duvidar basta ir a Cosern e vê a eficiência que redundou a privatização. Na telefonia nem se fala. Ou melhor, depois da privatização o povo brasileiro realmente conseguiu falar, falar mais rápido ao telefone. Isso apesar da esquerda jurássica ser radicalmente contra. O que é natural pois ela vive grudada no Estado ou sendo aspone nas empresas estatais, o que dá no mesmo. O capitalismo definitivamente não é para comunista e sim para pessoas competentes e talentosas. De qualquer forma tenho respeito por eles, os comunistas, porque não deixa de ser uma eficiência a pessoa viver toda sua vida sem produzir nada e viver bem. Isso de fato não é só talento, há mágica nisso. Ou será que são os gênios do ócio? Agora chegou a vez do metalúrgico no pode e o agronegócio, que vinha sendo um dos setores mais eficientes do país, como não podia deixar de ser, apareceu o MST e suas filiais para destruir pesquisas, invadir fazendas, pois seu compromisso é com o passado. No lugar de sementes geneticamente modificadas o MST (basta acompanhar no noticiário) estão plantando, pasmem, sementes creolas que é a mesma que os Incas plantavam há 300 anos. Eles estão conseguindo a proeza de substituir as máquinas de última geração pelo arado puxado a boi, e com isto voltamos ao Egito antigo, 40 mil anos antes de Cristo substituindo o bom senso pela burrice. O incrível é perceber nessa reforma que Lula quer impor ao setor agrícola, e que está no Congresso, um proprietário que tenha 600 hectares e não produzir no mínimo 2.900 kg de soja (saiba que sem exigência, ou seja, sem imposição, o setor produziu 2.600 kg) será desapropriado. Com isso a terra será dividida em duas de 300 hectares ou menos e ai não precisará se enquadrar na reforma e conseqüentemente produzir nada. Quem ganha com isso? Os burocratas do Ministério e do Incra. Pelo projeto de Lula, ou se produz um sonho irreal ou não se produz nada. Pobre Brasil. Mas pobre no Brasil pode fazer o que quer, menos melhorar de vida. E no atual governo a história se repete para contrariar mais uma vez Marx. A privatização foi interrompida. Tenho visto algumas pessoas reclamarem do preço da energia, depois da sua privatização. Lembramos que as distribuidoras compram energia em grosso ao governo, e repassam aos usuários. E vejam que quando era estatal, serviço não funcionava, mas a máquina vivia cheia com dinheiro do contribuinte – ou melhor do operário que paga de impostos 20% do seu salário. Conclusão: somos ou não somos mesmo um país amaldiçoado?
Editado por Giulio Sanmartini às 8/10/2006 10:49:00 AM |
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