Por Giulio Sanmartini
No dia 24 de agosto de 1961, o recém empossado presidente da República, Jânio Quadros renunciava ao cargo. Anos depois ficou-se sabendo que Jânio havia tomado um porre monumental e ameaçava renunciar, seu ministro da Justiça Pedroso Horta tentou convencer seu secretário particular, José Aparecido de Oliveira a trancá-lo no banheiro até que a carraspana passasse. Faltou coragem ao secretário para fazê-lo, assim o presidente renunciou, dando início a uma crise que se arrastou até o advento do regime militar. Um jornal do Rio de Janeiro noticiou o fato contando que em sua carta Jânio citava ter sido vítima de “forças ocultas”, não foi bem isso o que ele escreveu foi: “forças terríveis levantaram-se contra mim”, mas prevaleceu a versão do diário e assim, mais uma vez a lenda superou a história. Poucos meses depois do fato um alambique de uma pequena cidade no interior de São Paulo, lançou a cachaça “Forças Ocultas”. Com nome pitorescos existiram algumas marcas de pinga: em Rondônia encontrei uma sendo feita por um estadunidense chamada “Êta Porra!”, em Mato Grosso a “Mula Manca” e a que se tornou famosa “Amansa Corno”, depois dessa instalou-se uma industria de rótulos inventando nome de cachaças que nada tinham a que ver, o líquido era o mesmo, variavam somente os nomes. Sobre meu artigo de hoje, “Tomando Providências”, recebo uma carta do leitor que assina Magu, em que me envia a foto, que pode ser vista ao lado, de uma cachaça de Buenópolis (MG), pequena cidade entre Belo Horizonte e Montes Claros, cujo nome é “Providência”. Muito obrigado Magu, escreva sempre.
Editado por Giulio Sanmartini às 2/13/2007 10:41:00 PM |
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