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A POLÍCIA FEDERAL INTERROGA JORNALISTAS, MAS NÃO CONTESTA A NOTÍCIA.
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ESTRANHO? NÃO
Por Paulo Moreira Leite - Portal do Estadão
Passei 24 horas me perguntando por que a Polícia Federal convocou os jornalistas da VEJA para depor sobre a operação para proteger o amigo de Lula Freud Godoy, envolvido na Operação Tabajara, mas não acionou a revista na Lei de Imprensa. Quando uma publicação comete um erro, a forma natural de conseguir uma reparação é acionar a Lei de Imprensa. A Polícia Federal não fez isso. Chamou os repórteres, abriu uma sindicância interna, mas não contesta o que a revista publicou. Quer apurar a "Operação Abafa" denunciada pela revista. O problema é que você só entra na Lei de Imprensa quando quer e pode demonstrar que houve um erro. Impossível que, hoje, a cúpula da PF não saiba exatamente o que aconteceu nos dias iniciais de prisão da turma tabajara, data dos fatos descritos pela revista. Já ouviu todo mundo, apurou e concluiu. Se não acionou a Lei de Imprensa, é porque não é capaz de contestar o conteúdo da reportagem -- mas quer apurar como a notícia chegou a revista e perseguir as fontes da matéria. Simples exercício de lógica formal, não?
Editado por Adriana às 11/04/2006 10:08:00 PM |
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