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O ESTADO DE DIREITO
Por André Leite – engenheiro e colunista do CircuitoMT

Urnas apuradas, jogo jogado. A maioria da população optou por conceder mais quatro anos para Luis Ignorácio. O tema do artigo desta semana pode parecer um tanto fora de tempo, ou pode parecer um tanto jurídico. Mas previno aos nossos leitores que a temperatura política está longe de esfriar. A imprensa de aluguel dos petralhas e seus simpatizantes já estão começando a cunhar expressões como “terceiro turno”, “golpismo”, “lacerdismo”, “tapetão”, etc... Por detrás destas expressões, está a seguinte idéia; “um presidente eleito com quase 60 milhões não pode perder seu mandato na justiça”. Os colunistas políticos já iniciaram esta mega operação abafa, capitaneados pela colunista do Jornal “O Globo”, Tereza Cruvinel. Aquela tia petista que cunhou o eufemismo do ano, o “déficit ético”. Esse movimento ainda não chegou ao andar de baixo, coisas do tipo “Cartilha Capital” e Paulo Henrique “Petralhim”. Estes são pautados diretamente pelo José Dirceu, que está ocupado “festando” a reeleição do chefinho.
Comecemos pelo conceito básico. O que é um estado de direito democrático? Basicamente que nenhum indivíduo, presidente ou cidadão comum, está acima da lei. Os governos democráticos exercem a autoridade por meio da lei e estão eles próprios sujeitos aos constrangimentos impostos pela lei. Não importa se você tem sessenta reais, sessenta milhões de dólares ou sessenta milhões de votos. A lei deve ser aplicada igualmente para todos.
O genial José Simão da Folha de São Paulo, diz que Lulla não foi reeleito, ele é um réu-eleito. São tantas as arestas e pendências criminais de seu primeiro governo... Mensalão, vampiros, sanguessugas, cartilhas (passou desapercebido, mas Lula já foi intimado pela justiça neste caso), dossiê fajuto, etc... As chances deste segundo mandato ser interrompido pela lei não são pequenas. Arnaldo César Coelho já dizia, a regra é clara. No caso do dossiê temos dinheiro ilícito. Temos que o principal beneficiário seria Lulla. Também temos que foi tudo arquitetado pelo comitê nacional. A regra eleitoral é clara, o responsável é o candidato. Lulla poderá ter sua candidatura impugnada e novas eleições serem convocadas. Este processo já está em andamento no TSE.
Isto é golpismo? Isto é terrorismo? Definitivamente não! Não caia nesta esparrela que os petralhas já estão tentando vender. Isto é apenas o cumprimento da lei, doa a quem doer. As urnas não são juizes, não condenam e nem tampouco absolvem. Já perdemos grande parte de nosso senso ético e moral, se perdermos o “estado de direito” será o começo do fim, o começo do caos, o começo da barbárie.


Editado por Adriana   às   11/04/2006 02:18:00 PM      |