Por Tales Faria no Jornal do Brasil (Informe JB)
Líder do PSDB no Senado, o pobre Arthur Virgílio Neto (AM) passou o dia ontem explicando-se à cúpula tucana e aos aliados do PFL. Como ele, um dos mais radicais oposicionistas, aceitou carona do presidente da República no Aerolula e, depois, sem avisar ao partido, trocou figurinhas a sós com o presidente? A cada vez que era cobrado, Virgílio começava sua explicação assim: “Calma lá, que nem foi no Aerolula! Viemos no 737, o Sucatinha”. De fato, foi noticiado que, depois do enterro do senador Ramez Tebet, no Mato Grosso do Sul, Virgílio retornou a Brasília, no sábado, no Aerolula. E não foi no Aerolula, foi no Sucatinha, um 737 antigo que o presidente às vezes utiliza. Mas isso é o de menos. Não dá para entender como homens educados – do porte de Fernando Henrique Cardoso, Tasso Jereissati e os grão-mestres da Ordem Tucana – possam imaginar que o senador recusasse um convite do presidente para acompanhá-lo no avião. Ou que dissesse “Não, não quero papo!”, quando o presidente o chamou para uma conversa rápida, a sós, na sala vip do desembarque, em Brasília.
Editado por Giulio Sanmartini às 11/21/2006 12:53:00 AM |
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