O parlamentar vem sendo responsabilizado por algumas correntes do partido de ter comandado compra de informações contra políticos tucanos. Devido ao escândalo, Berzoini foi destituído do comando da campanha do presidente Lula, que indicou Marco Aurélio Garcia, ex-assessor da Presidência, para o posto.
Integrantes da Executiva disseram ao jornal "O Globo" que pedirão a Berzoini que abra mão da função para não prejudicar a campanha do presidente. Berzoini não está disposto a ceder. Tem repetido que seu único envolvimento com o dossiê foi ter escolhido as pessoas que trabalhavam no setor de inteligência da campanha, chamadas de "bando de aloprados" por Lula. Outros entendem que a medida a ser adotada nesta sexta é o de afastamento por um período, com imediata instalação de processo no Conselho de Ética, e a elaboração de um documento que manifeste à sociedade que o partido não compactua com irregularidades deste tipo.
- Sou presidente da República e não posso ter interferência na decisão do PT. Não vejo necessidade de tomar nenhuma posição política enquanto não desvendar esse processo. De qualquer forma, a direção vai se reunir, mas não vejo isso ajudar em nada agora - disse Lula.
- Se alguém numa família comete um erro, você vai sacrificar a família toda? - questionou.
Lula disse que Berzoini é quadro no partido, foi ministro de seu governo e comandou sua campanha. O parlamentar foi afastado do comitê eleitoral após as denúncias.
Os petistas envolvidos na operação são Valdebran Padilha, Gedimar Passos, Osvaldo Bargas, Jorge Lorenzetti, Expedito Veloso e Hamilton Lacerda, ex-assessor da campanha do senador Aloizio Mercadante (PT-SP) ao governo de São Paulo. Lorenzetti e Lacerda se anteciparam e já pediram desligamento do partido.