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LINHA DA ÉTICA
Por Carlos Chagas na Tribuna da Imprensa
BRASÍLIA - Evidência maior de estar acesa uma luz amarelíssima no semáforo postado defronte ao Palácio do Planalto: ministros estão sendo convocados para deixar de ser ministros até o dia 29, engajando-se por inteiro na campanha do segundo turno. Mesmo os que não se licenciarão formam na mesma tropa. Farão todos o impossível para amealhar os votos necessários para que o presidente Lula conquiste um novo mandato. Estará em jogo não apenas a continuidade do governo atual, mas a sobrevivência de cada um. Pode ser, até mesmo, que o resultado dos esforços de muitos ministros signifique um passaporte para sua permanência nos ministérios.
A pergunta que se faz é se essa excursão eleitoral fere a lei e a ética. No primeiro caso, a palavra ficará com o Tribunal Superior Eleitoral. No outro, com as concepções de cada cidadão.
Vale tudo para ganhar uma eleição? Muita gente do PT acredita que sim. Aí está o escândalo do dossiê preparado pela família Vedoin, não deixando ninguém mentir. E não se trata de uma prerrogativa exclusiva do PT, pois, ainda que em menor grau, poucos candidatos reconhecerão não ter cruzado a linha da ética. O caso dos ministros transformados em cabos eleitorais é significativo.


Editado por Giulio Sanmartini   às   10/06/2006 01:32:00 AM      |