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HELOISA QUER LULA, CRISTOVÃO NÃO SABE O QUE QUER E O PDT QUER FICAR NUMA BOA
Por Pedro Oliveira - Jornalista e presidente do Instituto Cidadão.

A senadora Heloisa Helena, candidata do PSOL cuja derrota era prevista, medida e contada, faz parecer que o seu ódio ao presidente Lula extrapola as fronteiras do racional. Não perdoa o companheiro de outrora e sua gangue petista que a expulsaram do partido e em razão dessa imensa e incurável ferida beira o extremismo perigoso da falta de equilíbrio emocional. Após o primeiro turno adotou a postura “pilateana”, própria dos que não têm a coragem de enfrentar os caminhos tortuosos do jogo da política. O gesto nada democrático de obrigar os filiados de seu partido a vestirem o manto hipócrita e ortodoxo de militantes “vestais” faz-nos lembrar o PT de outrora, que pariu de sua radicalidade exacerbada um mar de lama, corrupção e afronta ao moral e ao legal. Ninguém se engane: A senadora, dentro de seu coração carregado de rancores, ódios e frustrações quis mesmo ver “o circo pegar fogo”. Sabe das amplas possibilidades da reeleição de Lula, aposta numa previsível ingovernabilidade e na derrocada do governo petista, o que para ela seria uma glória.
No entender de Heloisa e dos que a seguem a vitória de Geraldo Alckmin não seria boa para o partido que vai morrer no nascedouro. Um governo pautado pelo equilíbrio, pela ética e pelo desenvolvimento, poderia desconstruir os planos xiitas dos que buscam pela bagunça e bravatas de quinta categoria um país de desencontros, confrontos e enfrentamentos. O lavar as mãos, com certeza, ajuda a buscar o Brasil que eles querem, mas que a maioria dos brasileiros não deseja. Sua mãe, D.Helena Moraes, que não lhe deve obediência , não só anunciou como vota e pede voto para Geraldo Alckmin.
Já o inodoro candidato do PDT, Cristóvão Buarque, sem destino ou vocação para comandar o país, no acanhado desempenho eleitoral do primeiro turno, e no seu discurso enfadonho e repetitivo, insinuou que apoiaria Geraldo Alckmin, deu entrevistas desencontradas e desconectadas, encolheu-se em uma humildade deprimente e por fim diz que não pode falar, nada pode dizer, nada pode fazer, quem sabe até mesmo não saberá votar. Forçado a ficar de bem com Deus e com o diabo, aposta no prêmio de consolação do vencedor, que sendo um ou outro lhe garanta um emprego em Brasília, até mesmo para ser depois demitido por telefone e chamado de incompetente.
Quanto ao PDT, que vergonha. Onde estão os ideais do seu grande líder Leonel Brizola? Os princípios programáticos jogados na lata de lixo e os caminhos éticos na lama pútrida da política dos iguais. Também é no que dá ter como presidente uma figura que não inspira confiança ou segurança quanto a convivência com a prática política em nível maior. Quem duvida de que o senhor Carlos Lupi se deu bem na decisão equivocada tomada pelo partido neste segundo turno? No entender de quem manja da malandragem dessa escória política não cola essa de “liberados” plantada pela direção nacional pedetista. Uma ova! Estão apostando na vitória de Lula, pois é com essa gente que querem e torcem para conviver. Algumas lideranças conscientes do PDT tentam salvar a legenda de Brizola, com a postura da independência e da razão. Uma pena que sejam minoria. Vão pagar caro pela coragem de fazer e dizer, mas certamente não terão contas a ajustar com o diabo, não compactuarão com desprezível jogo do “toma lá dá cá”, com a prática nojenta e imoral da política de bordel. São exceções que o Brasil merece.
A quadrilha petista já ensaia a purulenta comemoração da anunciada vitória antecipada pelos vendidos e subvertidos institutos de pesquisa. Tudo bem, Lula pode até vencer as eleições e emplacar um novo e sujo mandato, mas o Brasil sabe que ali estará a verdadeira representatividade da “Cosa Nostra”, como diz inteligentemente o diretor da Folha de São Paulo, Otávio Frias Filho: “ O que caracteriza os integrantes da Máfia é a lealdade antiga e canina a Lula, o chefão”.
Na verdade um Brasil angustiado, porém apático, vê se aproximar da rampa do Palácio do Planalto (quase submersa em lama) um presidente despreparado para o poder, tendo ao seu lado as mais nocivas e marginais companhias. Chega abraçado a Delúbio Soares, José Dirceu, Berzoini, Freud Godoy,Antonio Palocci, Hamilton Lacerda, Gedimar, Vedoin, Silvinho Pereira, Valdomiro Diniz,José Genoino, Luiz Gushiken, Marcos Valério, Humberto Costa, Jorge Lorenzetti, João Paulo Cunha, Severino Cavalcante, José Mentor, Valdemar Costa Neto, Pedro Henri, José Janene, mais os outros que completam a lista de quarenta bandidos denunciados pelo procurador Geral da República. Hoje ou amanhã o Brasil há de reagir dando a essa turma o local ideal para recompensá-los pelo “labor dignificante” que praticam com tanta competência: o roubo. Uma penitenciária de segurança máxima.


Editado por Adriana   às   10/19/2006 10:53:00 AM      |