Entrevistas
Arthur Virgílio
Gerson Camata
Júlio Campos
Roberto Romano - 1ª parte
Roberto Romano - 2ª parte
Eluise Dorileo Guedes
Eduardo Mahon
p&p recomenda
Textos recentes
Arquivo p&p
  
APÓS 1º TURNO, DESÂNIMO E COBRANÇA NA CAMPANHA
Na Veja on-line 2/10
Apesar de ter vencido o primeiro turno da eleição no domingo e avançado ao segundo com votação expressiva, que ficou perto da metade do eleitorado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não fez qualquer comemoração pelo resultado. Pelo contrário: ele não falou à imprensa e não apareceu publicamente (estava no Palácio da Alvorada) depois da saber que haveria o segundo turno. Só convocou entrevista coletiva nesta segunda à tarde, depois de se reunir com ministros e traçar diretrizes da campanha para o segundo turno.
Lula, que passou a campanha inteira apostando numa vitória acachapante contra a oposição já no primeiro turno, repetiu 2002 - quando também foi ao turno decisivo contra um tucano paulista. Desta vez, porém, a campanha avança à fase decisiva num clima negativo. Só enquanto acompanhava a apuração o presidente começava a pensar no que fazer no segundo turno, que não esperava.
Os relatos de interlocutores do presidente dão conta de que ele ficou desapontado e irritado, assim como comando de campanha e militância petista. Imediatamente começaram as cobranças e pressões internas. Muitos perguntaram aos coordenadores o motivo de Lula não ter ido ao debate de quinta-feira - sua ausência foi apontada como decisiva para a subida de Alckmin no domingo.
Lula também chegou à mesma conclusão. De acordo com reportagem publicada nesta segunda-feira pelo jornal Folha de S. Paulo, o presidente avaliou que errou ao faltar ao debate. Lula também teria decidido pedir à Polícia Federal uma solução rápida para o caso do dossiê dos petistas contra os tucanos. Esse teria sido outro fator decisivo para tirar votos de Lula na reta final.


Editado por Giulio Sanmartini   às   10/03/2006 05:33:00 AM      |