Voltei. Consegui! 24h sem me conectar. Confesso que tentei abrir meu e-mail pelo celular...risos...mas não havia sinal. O jeito era “relaxar” e esperar. Assim que cheguei, vi lá na pracinha que abriram uma dessas casas de joguinhos pelo computador. Meus olhos brilharam, mas assim que me virei encontrei o olhar reprovador do Senhor Adriano. Claro que nem tive coragem de dizer que queria entrar, só aquele olhar já me fez sentir ridícula. O jeito era passear. Ai que delícia a Chapada, sem internet. Céus!!! A cidade fica a uns 40 minutos de Cuiabá e por ser alta, a temperatura é sempre mais agradável que a daqui, ponto positivo. Dizer que é como se fosse Campos do Jordão de MT seria uma tremenda sacanagem, por isso não digo. Dizem que lá já foi mar e que suas rochas e paredões foram esculpidos pela força das ondas. De fato a natureza é bela e para quem gosta de se aventurar por cachoeiras e grutas é fantástico. Uma pena mesmo eu não gostar dessas aventuras de sobe e desce rochedo, pra chegar láááá no final e encontrar um riozinho gelado. Fico satisfeita só de saber que existe. Que legal! A cidade tem uma praça central, daquelas tradicionais com uma Igrejinha e agora com fonte luminosa. Passou muito tempo abandonada e o jardim era coberto por musgos, lodo e aquele cheiro insuportável de mofo que me fazia espirrar o tempo todo. Agora foi restaurada, arrumaram a Igrejinha e trocaram o calçamento da praça. Está uma graça mesmo. Para me animar com o passeio minha mãe disse: “Você precisa ver que gracinha a fonte luminosa, toooda colorida”. Fui ver. Gente, ela é azul. Colocaram umas três lâmpadas azuis e virou uma fonte luminosa. Ah tudo bem, é bonitinha. A restauração da praça saiu para o governo do estado, pela bagatela de R$ 790 mil. Hummm. Cadê a internet para eu checar as contas do estado!!!! Não tem. Em volta da praça ficam os hippies e suas correntinhas de semente, trancinhas no cabelo, tatuagens de hena, incensos, infinitas comidinhas naturais, enfim, alguma distração para sossegar o ímpeto consumista. Eu fico à deriva. Não sou adepta do natural, gosto mesmo é de coca-cola normal, sanduíche gorduroso, batata frita e coisas do gênero. Também não gosto de correntinhas de semente e nem do campeão de vendas da Chapada que são aquelas montagens de pedras para colocar nas varandas das casas e que com o vento, tocam. Sem brincadeira, aquilo é irritante. Tem um pedaço da praça que me dá a impressão de estar andando por um badalo em movimento. Aquilo devia ser proibido. E eu desconectada! Chapada é esotérica, dizem os mais sensíveis. Existem grupos que fazem vigília no mirante da Chapada a espera de um contato que, acredito eu, tanto faz se for com seres extraterrestres ou com antepassados desencarnados. Um hippie me disse que em Chamada ele fica a espera do seu verdadeiro Eu. Olheeeeiiiiii pra cara dele...sei, entendi, e você já o encontrou? Não, mas não vou desistir de esperar. Tá certo!!! Socorro, eu quero uma internet! A noite chegou, ai que bom. Sobrevivi a uma tarde inteira em Chapada e fui com o Senhor Adriano e uns amigos a um restaurante especializado em bacalhau. Muito bom, mas em outro episódio eu conto. Este é um caso à parte. Mais um passeio hoje pela manhã, almoço e...Ufa! Acabou meu “descanso” na adorável Chapada dos Guimarães, sem internet. Olhe umas fotos ... aqui
Editado por Adriana às 10/15/2006 07:55:00 PM |
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