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A ÚNICA ESPERANÇA
Por Giulio Sanmartini
O dois períodos ditatoriais do Brasil República, tiveram no mínimo o “empréstimo” dos músculos da classe militar. Na Revolução de 1930, que derrubou o presidente Washington Luís Pereira de Souza (1869/1957), o governo foi assumido por uma junta militar com o generais Augusto Tasso Fragoso (1869/1945), João de Deus Menna Barreto (1874/1933) e pelo almirante José Isaias de Noronha (1873/1963). Getúlio Dornelles Vargas (1882/1954) que liderara o movimento no Rio Grande do Sul, não sabia o que poderia esperá-lo na capital, Rio de Janeiro, tanto que sua viagem para chegar ao Rio demorou quase um mês. Chegando a junta lhe entregou poder de mão beijada e o país entrou em 15 anos de ditadura, com todas as mazelas que este tipo de governo produz.
Entre essa ditadura e a de 1964, foram derrubados manu militari pelo general Henrique Batista Duffles Teixeira Lott (1894/1984), os presidente constitucionais Carlos Coimbra da Luz (1894/1961) e João Fernandes Café Filho (1899/1970).
A 1° de abril de 1964 também perdeu sua cadeira presidencial João Belchior Marques Goulart (1918/76) num movimento militar que dessa vez colocou-se no poder, assim tivemos uma ditadura que durou quase 20 anos, no seu decorrer também um vice presidente civil, Pedro Aleixo (1901/75) foi impedido de assumir no impedimento do general presidente e o governo foi assumido por uma junta militar: general Aurélio de Lyra Tavares (1905/98), almirante Augusto Hemann Rademaker Grünewald (195/85) e brigadeiro Marcio de Souza Melo (1906/76), estes ficaram por dois meses quando passaram o poder para outro general “eleito” pelo Congresso.
Os militares desde a proclamação da República sempre tiveram um poder político paralelo que muitas vezes se confundia com a força da tropa que lideravam, assim foram: os generais Eurico Gaspar Dutra (1883/1974), Juarez do Nascimento Fernandes Távora (1898/1975), Osvaldo Cordeiro de Farias (1901/81), Juracy Montenegro Magalhães (1905/2001) e o brigadeiro Eduardo Gomes (1896/1981). Por paradoxal que possa parecer, foi exatamente durante a ditadura militar que eles foram profissionalizados de fato, tendo suas funções cada vez mais restritas à tropa. Este foi um dos fatores, que a ditadura dissolveu-se naturalmente num processo de autofagia, retornando a democracia com os civis no poder, num processo natural e tranqüilo.
Nas últimas eleições, com apoio da classe média e em especial da mídia, elegeu-se um homem do povo, vindo da mais terrível pobreza do interior nordestino, que depois fez-se líder sindical e político. Todavia, como era de se esperar apresentou nesses quatro anos o pior presidente da história do Brasil (ele que “desavisadamente” se acha o melhor em tudo desde 1500). Luiz Inácio da Silva acumula uma série de características negativas é pretensioso, incompetente, não gosta de trabalhar, não tem instrução nem cultura, um ignorante, é descaradamente desonesto, beberrão e chulo. O Brasil mesmo com resultados pífios não entrou numa catástrofe pois ele manteve o sistema econômico que encontrou e que tanto havia combatido, também foi beneficiado pela coincidência dos países ricos não terem tido crise alguma nesse período. O crescimento do Produto Interno Bruto supera somente o do paupérrimo Haiti, os juros são estratosféricos, no país somente os banqueiros é ganham. Aumentou o desemprego, a miséria e a desesperança. Os gastos públicos não encontram uma justificativa, aqueles que pagam impostos não encontram retorno algum, seja na saúde, ou na educação. Lula cultiva com todo o cuidado, como quem planta couves no quintal de sua casa, a miséria e a pobreza, assim pode trocar esmolas por votos e é o que vai acontecer nas próximos eleições de outubro, ele será certamente reeleito no primeiro turno, pobre Brasil. Como se não bastasse, sente-se um predestinado, ele que através de Nelson Jobim havia colocado coleira no poder judiciário, que través da venalidade havia posto no bolso os parlamentares, governando praticamente com seu poder , agora sem pejo, achando que tudo pode, externa seu desejo de tornar-se ditador. Nessa última quinta feira, num jantar com plutocratas, ao ser perguntado pelo empresário Eugênio Staub como pretendia promover as reformas as tão necessárias ao país, sem pejo e subversivamente respondeu: “Staub, não acorde o demônio que tem em mim, porque a vontade que dá é de fechar esse Congresso e fazer o que é preciso”. Tenta com todas as forças amordaçar a imprensa, que através de muitos jornalistas, o ajudou a ser eleito. Na sua obtusidade e miopia política, ainda não percebeu não se consegue dar um golpe ditatorial sem o apoio da classe média e os músculos das forças armadas, coisas que ele não tem e não terá, caso insista em seguir sua “predestinação”, terá o triste fim dos ditadores que prometem como ele, milagres, haja vista a história de Hitler e Mussolini.
Os escândalos são tantos, que ao Brasil só resta esperança que ele não consiga terminar o mandato e seja impedido o mais rápido possível.


Editado por Giulio Sanmartini   às   9/18/2006 04:36:00 AM      |