por Giulio Sanmartini Entre os anos de 1934 e 1966 a baixa demagogia brasileira teve como elemento exponencial Adhemar de Barros. Paulista de Sorocaba, formado em medicina, funcionário do Instituto Oswaldo Cruz até 1934, quando foi nomeado interventor em São Paulo pela ditadura do Estado Novo getulista. Adhemar foi duas vezes eleito prefeito de São Paulo e outras tantas governador do estado. Candidato teimoso e insistente à presidência da República, via-se sempre derrotado, deixando para o folclore político os slogans que criou. “Um gerente para o Brasil”, “Desta vez vamos”, “Fé em Deus e pé na tábua”. Todavia o que ficou como sua marca registrada e tornou-se quase um provérbio brasileiro não é, digamos, muito elogioso: Rouba mas faz! Acusado de inúmeras falcatruas, até do furto de uma urna marajoara do Museu de São Paulo, encontrada na sua fazenda como depósito de cebolas, viu-se constrangido a exilar-se na Bolívia para não ser preso. No Brasil da época, a grande predominância religiosa era a dos católicos apostólicos romanos, os movimentos evangélicos eram pequenos, os cultos afro brasileiros sofriam ainda das antigas proibições e eram praticados meio escondidos. Portanto Adhemar de Barros usava e abusava da crença popular em santos, mais especialmente na padroeira do Brasil, Nossa Senhora aparecida, esta em seus discursos e comícios era citada com tal abundância, dizendo-se por blague que na intimidade do lar, Adhemar a tratava por Cidinha. Sua vida política terminou em 1966 quando teve seus direitos políticos cassados pelo regime militar. Parece que o presidente atual, ele também, expert em demagogia barata, passou a usar Deus como seu grande cabo eleitoral. Como, atualmente os evangélicos tem um peso eleitoral forte, haja vista que seu vice presidente faz parte desses religiosos, ele deixou de lado os santos católicos e se prende ao Todo Poderoso, usando com o mesmo abuso que Adhemar valia-se da padroeira do Brasil. Dentro de sua megalomania presunçosa, doentia, primária, mas ou mesmo tempo ingênua, sente-se (e acredita nisso) um predestinado, um escolhido pelo Criador, seus discursos atuais de candidato o demonstram claramente. Dando apoio a “bispo” Marcelo Crivela, candidato ao governo do Rio de Janeiro, pertencente a Igreja Universal, seja o candidato seja a seita de honestidade contestável e pior, ignorando o candidato de seu partido (PT) Vladimir Palmeira; Luiz Inácio Lula da Silva usou a religião sem base racional, isto é movido simplesmente por misticismo anacrônico, quando disse: “Temos que nos levantar com energia positiva, pensando as coisas pra frente, acreditando que é possível. Afinal de contas, nós somos cristãos ou não somos? Nós temos fé ou não temos? Então por que a gente vai perder a esperança? Quando não tiver solução, agente pede uma ajudazinha a Deus, ela vai vir e a gente se salva.” Ou pretendendo ser um salvador da humanidade, um reformador social, valendo-se de um messianismo elementar e enganoso: “Os que não esperavam que eu tivesse uma coisa especial, que Deus me deu, que é a minha relação direta com o povo brasileiro. Quem quiser falar mal, fico agradecido do mesmo jeito, porque Deus é quem fará o juízo final de todos nós. No fundo no fundo, nós seremos julgados.” Lula, usa a segunda parte da Bíblia, os evangelhos, sem miséria, pois esta é a base da crença dos ditos protestantes, filão eleitoral que está explorando. Todavia esquece (mais provável que não saiba) o primeiro Testamento, onde no Gênesis o Todo Poderoso manifesta sua ira destruindo o mundo (dilúvio universal) e algum tempo depois duas cidades (Sodoma e Gomorra). Esperamos que Javeh, com sua ira implacável destrua politicamente Luiz Inácio Lula da Silva, pois para manter-se no poder e fartar-se junto com sua súcia, está desarranjando o país, mais ou menos como acontecia em Sodoma e Gomorra antes de suas destruições.
Editado por Giulio Sanmartini às 7/05/2006 02:56:00 PM |

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