Por Guilherme Fiúza em NoMínimo O lateral Roberto Carlos foi levar sua camisa autografada ao presidente Lula antes de viajar para a Copa da Alemanha. Não há o menor vestígio de humildade no comportamento dos jogadores da seleção brasileira. Antigamente, o beija-mão palaciano era restrito ao momento da volta, quando os guerreiros iam buscar sua condecoração após a batalha. Agora, a batalha é um detalhe. Já tem muito brasileiro dizendo que não basta ganhar a Copa, é preciso “dar espetáculo”. E lá vão os Globe Trotters verde-amarelos para a Alemanha com a receita perfeita para a derrota. Os brasileiros são assim mesmo. Oscilam da auto-piedade mais miserável à arrogância mais histérica. Lula é o exemplar-síntese desse caráter. Poucos meses atrás, bombardeado pelo escândalo do mensalão, mal conseguia levantar da cama para governar. A imprensa queria saber quando o governo ia acordar, mas não se ouvia uma palavra do presidente sobre qualquer assunto. Mas o povo esqueceu o mensalão, as pesquisas de opinião embalaram a campanha da reeleição e Lula saiu por aí falando categoricamente sobre tudo. Sua última pérola foi dizer que “infelizmente a lei neste país” impede a programação de gastos públicos a menos de seis meses da eleição.
Editado por Adriana às 5/24/2006 12:01:00 PM |

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