editorial A propósito do abismo entre as preocupações e interesses de Brasília e os da população exposta aos atos de terror do crime organizado, falou-se neste espaço, na edição de sábado, da "miséria da política". Faltou dizer que o político que melhor a encarna, com a sua conduta desrespeitosa aos cidadãos, é o presidente da República. Na semana mais dramática vivida pela sociedade brasileira - na pele ou em espírito - até onde a memória alcança, o candidato à reeleição Lula da Silva intensificou a sua campanha, com a agravante de servir-se da ofensiva do PCC para atacar o adversário que o enfrentará nas urnas de outubro, o ex-governador Geraldo Alckmin. Repetiu a mesquinharia no último domingo, com uma jogada eleitoreira de um primarismo espantoso, mesmo considerando o retrospecto do autor, ao tentar tirar proveito dos desabafos do governador substituto Cláudio Lembo aos tucanos e pefelistas que o deixaram entregue à própria sorte na hora mais negra da crise. De um só fôlego, disse solidarizar-se com Lembo e criticou o ex-prefeito José Serra, candidato tucano ao Bandeirantes, que alegadamente teria preenchido, "por problema político", apenas 7 mil das 30 mil vagas oferecidas pelo governo federal no ano passado em um programa educacional para jovens da periferia.
Editado por Adriana às 5/24/2006 12:12:00 AM |
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