Por Fabio Grecchi na Tribuna da Imprensa.

Antes tarde do que nunca. Na reunião de ontem com os governadores, o presidente Lula fez um mea culpa sobre as escolhas que fez para formar o ministério do começo do primeiro governo. Admitiu que agiu como "companheiro Lula", dando abrigo a todos aqueles petistas derrotados nas eleições de outubro de 2002. E cuja incompetência não custaram a mostrar.
Reconheceu ainda que há centenas de funcionários de carreira com competência para assumir um ministério ou uma estatal, em vez de um político. Para bom entendedor: o ministério do segundo governo vai custar a sair.
Para bom entendedor também ficou, nas entrelinhas, a exigência de que os partidos indiquem quadros técnicos, e não políticos, para ocupar os ministérios. Um funcionário de carreira ou um profissional de reconhecida qualidade com ligações políticas será muito bem-vindo.
Representa desfazer algumas expectativas. Como a ida da senadora Roseana Sarney (PFL-MA) para o ministério. Ou ainda a colocação de petistas em postos-chave, sobretudo estatais.