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O FIM DA ANISTIA?
'Enquanto assaltantes, seqüestradores, terroristas e assassinos permanecem livres sob a justificativa de que lutavam pela causa, nós que, cumprindo ordens de nossos superiores hierárquicos, lutamos e preservamos a democracia agora estamos ameaçados de ir para a prisão por aqueles que combatemos, e que, para isso, não terão o menor prurido em mudar a lei.'


Mais de 200 oficiais de alta patente da reserva das Forças Armadas, entre eles 70 generais, fizeram ontem, em Brasília, ato de apoio ao coronel do Exército Carlos Alberto Brilhante Ustra, ex-comandante do DOI-Codi, órgão de repressão da ditadura militar. O coronel, de 74 anos, responde a processo na 23ª Vara Cível de São Paulo pela acusação de comandar ações de tortura durante o governo militar. Até então, nunca um militar tinha sido processado por esse motivo. Isso porque a Lei de Anistia de 1979 anulou todos os crimes cometidos durante o período ditatorial (de 1964 a 1985), beneficiando os combatentes do regime e também militares que cometeram excessos à época.

Agora, os oficiais já calculam que o processo contra Ustra pode ser o primeiro passo para a revisão da Lei de Anistia, abrindo a possibilidade para a condenação de oficiais brasileiros que atuaram na repressão, como já ocorreu no Chile, na Argentina e no Uruguai.


Editado por Anônimo   às   11/22/2006 07:14:00 AM      |