Da FSP -O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve sua reeleição ao fato de ter virado, no imaginário do eleitorado mais pobre, uma figura dupla: um "fortão" igualmente humilde que virou poderoso e ao mesmo tempo uma vítima, um "fraquinho" sob ataque das elites. Essa é uma das explicações usadas pelo publicitário João Cerqueira de Santana Filho para o sucesso da empreitada que acompanhou de perto nos últimos meses. O marqueteiro de Lula desenvolveu uma análise própria sobre o caso de amor do eleitorado com o presidente: a teoria do "fortão" e do "fraquinho" -ele usa termos mais eloqüentes, mas criou esses enquanto falava à Folha "para ficar mais publicável". Lula alternaria esses dois papéis no imaginário do brasileiro das classes mais pobres. Depois que se elegeu presidente em 2002, o petista passou a ser uma projeção de sucesso para as camadas C e D da população. "É um deles. Chegou lá", diz Santana. Nesse momento, a personagem é o "fortão", que "rompeu todas as barreiras sociais e conseguiu o impossível, tornando-se um poderoso". Já quando Lula é atacado, "o povão pensa que é um ato das elites para derrubar o homem do povo que está lá".
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Editado por Anônimo às 11/05/2006 07:59:00 AM |
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