Por Laurence Bittencourt, jornalista
Nessa série de denúncias, que não param, envolvendo o governo federal, o partido do presidente Lula, o PT, seus militantes, ministros, etc, a pergunta que todos fazem é, como depois de tudo isso, Lula continua com a preferência da maioria do eleitorado brasileiro? Resposta simples: o país continua tão miserável ou até mais miserável, e a miséria é explorada pelos políticos. Numa resposta mais aprofundados, podemos dizer que sob o PT, o país hoje, lembra muitos os regimes teocráticos dos países árabes, como por exemplo, o ex-Iraque de Saddam Hussein: é preciso ter muitos pobres e miseráveis, para manter uma pequena cúpula (o governo) milionária. Como falta proteína aos pobres, dar-lhes o mínimo, já satisfaz as necessidades. A lógica é: não precisa ter novas perspectivas de vida, mas basta dar a migalha. Lula e o PT podem roubar a vontade que os miseráveis já lhes serão gratos. E assim todos seremos felizes para sempre.
Ora, a mais nova denuncia da revista “Veja” sobre a ascenção do filho de Lula, o Lulinha, que passou de monitor de zoológico onde ganhava 600 reais por mês, para, pouco depois que o pai assumiu a condição de presidente do Brasil, milionário e empresário bem sucedido é mais uma prova de que o Estado nesse país nada mais é do que um lugar para saques e falta de ética. Cabe entretanto a pergunta: o filho de Lula deve ser um gênio? Não, não é. É apenas mais um exemplo de abuso do poder, contravenção, tráfico de influencia, e por último, impunidade com a transgressão da coisa pública. O PT e Lula são a prova irrefutável de que Marx acertou por um processo de inversão. No livro “A ideologia alemã”, Karl Marx escreveu: “o trabalhador, quanto mais riqueza produz, quanto mais sua produção aumenta em poder e alcance, mais pobre se torna”. Marx desferia seus ataques contra o capitalismo nascente. Errou a médio e longo prazo em relação ao capitalismo, mas a sua frase é perfeita para a América Latrina e em relação à classe política. Lula e seu filho lulinha são os exemplos recentes. O povo continuará na mais profunda miséria, sem perspectiva de crescimento “autosugestentavel”, para ilustrarmos metaforicamente com uma palavra que adoram dizer os economistas de esquerda para falar da economia nacional, a não ser ficar recebendo a migalhas, mas Lula, os companheiros, lulinha, e toda a petralha, esses continuarão ou se tornarão milionários. Para o esquerdista pseudo não há nenhuma contradição. Lula com seu discurso, misto messiânico de Antônio Conselheiro e caudlilhismo populista estilo Hugo Chaves (acho que compará-lo a Getulio Vargas seria demérito demais para Getulio), Lula é mais uma prova de que a América Latina não sairá do fundo do posso por muitos e muitos anos. O que reina entre nós é a mentira e a dissimulação. E a questão que se coloca sobre a falta de ética, e mais ainda, para renuncia em impor um mínimo de ética na nossa política, se explica pelas nossas raízes culturais, e por outro, pela questão sociológica de saber como alguém que não tem as necessidades básicas satisfeitas irá pensar em ética. Lula ao dar o Bolsa família, esmaga de vez a questão da ética entre os pobres. Todo o roubo é secundário. E como o nosso país ainda depende (o grosso da classe média) do Estado, ao conceder aumentos generosos no ano de eleição, Lula sufoca quem poderia lhes fazer frente. O resultado: Lula reeleito, mas o país paralisado, estagnado do ponto de vista de crescimento real. No entanto, e o não contraditório, os banqueiros cada vez mais ricos. Junto com eles, claro, o PT, Lula e seu filho lulinha.
Editado por Adriana às 10/22/2006 06:51:00 AM |
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