Por Giulio Sanmartini De repente o brasileiro descobre que está descontente com aquilo que se acostumou a chamar de política, com governos de pouca credibilidade e partidos rixentos, aí descobre que o erro é do sistema. Uns dizem que o sistema de votação deverá mudar, outros os partidos e finalmente alguns até querem fazem uma mini Constituinte. Nada é feito e a política continua a descontentar. Que fazer? Ora vamos pensar em outra fórmula que mude tudo. A corrupção e as sinecuras imperavam nas empresas estatais, portanto vamos privatizá-las e tudo estará bem. Ledo engano, tudo continua como está a única coisa que aumenta é a corrupção. Estamos iludidos que tudo seja uma questão de método. Temos que reconhecer que o método é importante, alguns sistemas políticos, algumas estruturas econômicas são melhores. Mas no fim tudo depende do simples indivíduo. Se os indivíduos honestos, voluntariosos e ajuizados prevalecem, tudo também na vida pública funcionará. Mas, se prevalecerem, a nível individual, os desonestos, e os rixentos, nenhuma fórmula salvará a situação. Estas afirmações num país como o Brasil, são consideradas ingênuas. Quando se afirma que cada cidadão se deve comportar bem, tem que ser honesto, somos acusados de ser moralistas. Se alguém pune alguém que se comporte mal é acusado de justiceiro. Por isso, muitos “sábios”, doutos, professores e editorialistas de jornais, zombam de quem afirma, que em primeiro lugar, seja qual for o sistema, faz-se necessário ser honestos e punir os desonestos. Como se usava dizer há muito tempo, em um mundo menos pretensioso, talvez mais ingênuo, mas melhor que o atual e pelo que se espera do resultado nestas eleições, continuará a ser ainda mais distante.
Editado por Giulio Sanmartini às 10/28/2006 07:06:00 AM |
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