Por Giulio Sanmartini
Os grandes derrotados nessas eleições foram os Institutos de Pesquisas. Seus oniscientes cientistas (não sei de que) erraram mais que o tolerável. Desse fato podem-se deduzir duas coisas: Faltou honestidade e os dados foram manipulados para influenciar os eleitores ou, erraram por incompetência. Caso tenha sido o caso este último, cabe uma pergunta – “se os Institutos erram tanto servem para que?”
Como se não bastassem também estão esbanjando sabedoria no que concerne à segunda rodada nas eleições.
O Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística – IBOPE, pioneiro na realização de pesquisas no Brasil, fundado em 1942, tem à sua frente Carlos Augusto Montenegro, filho do dono e que está no grupo desde 1978 (28 anos), diz em entrevista a Miriam Leitão de O Globo, dando sua opinião sobre o apoio de Garotinho a Geraldo Alckmin: “...pode ser um tiro pela culatra e que, se for assim, o Rio pode acabar neutralizando a vantagem de Alckmin em São Paulo.”
Todavia, matematicamente a coisa fica complicada, não precisa ser um sabichão para ver, basta saber somente as quatro operações. Alckmin teve em São Paulo (54% dos votos) algo como 4 milhões de votos a mais que Lula, este por sua vez, no Rio de Janeiro, com 50% os votos teve uma diferença de também 4 milhões de votos, sobre o adversário do PSDB, portanto para neutralizar a vantagem de Alckmin em São Paulo, ele deverá ter no Rio de Janeiro mais 4 milhões de votos, isto é 100% dos votos válidos. Eu acho difícil.