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O IMPERADOR CONTRA-ATACA
Por Arthur Chagas Diniz no Diário do Comércio
As grandes montadoras norte-americanas de automóveis vivem uma crise sem precedentes. A Ford, a DaimlerChrysler e até a maior delas, a GM, estão compelidas a buscar maior produtividade para poder continuar a competir com a Toyota e outras montadoras japonesas. Aumentar a produtividade implica, necessariamente, em reduzir o pessoal, especialmente nas áreas administrativas, inclusive marketing e finanças.
A classe média, a grande compradora de veículos novos, tem que ter atenção ao consumo de gasolina e outros derivados do petróleo. Assim, quando se toma a decisão de comprar um automóvel, hoje, se consideram o valor de aquisição e os custos de utilização. Essa busca de produtividade se aplica, igualmente, às montadoras brasileiras.
É o caso da Volkswagen no Brasil. A montadora, que hoje enfrenta uma pesada competição por ser a mais antiga instalada no Brasil, é aquela cuja reestruturação é a mais dolorosa. Dolorosa e inevitável. A Volks está solicitando um empréstimo ao BNDES. O que o banco tem que examinar é a viabilidade financeira da operação. Não lhe cabe nenhuma interferência nas decisões do tomador do empréstimo.
Causa espanto que o ministro do Trabalho, o sindicalista Luís Marinho, preocupado com os votos do imperador Lulla, venha a condicionar o empréstimo do BNDES ao adiamento das demissões para depois das eleições. Mesmo tendo se aposentado muito cedo, já que a perda do dedo mínimo não lhe permitia mais coçar o ouvido, o Imperador não pode se meter numa pequena operação de caça-votos.


Editado por Giulio Sanmartini   às   9/04/2006 04:58:00 AM      |