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APÓS A ELIMINAÇÃO DO JEITINHO
Por Walter Marquart - Águas de São Pedro – SP (Setembro-2006)

SENHORES GOVERNANTES, SENADORES E DEPUTADOS FEDERAIS.

As leis atuais e suas mil válvulas criam circunstâncias que influem para que as virtudes não sejam vitoriosas e os virtuosos na insatisfação só vivam frustrações. A legislação atual só premia o mal, ela asfalta o caminho que dá passagem à falência da sociedade. A única alternativa que ilude os pensantes sem caráter é a informalidade e os votos que ela proporciona.
Assim como a saúde exige a integração entre corpo e espírito, o futuro do povo depende da observância das leis que deveriam atuar no sentido norteador e harmonizador entre os diversos entes da comunidade, gerando sempre e mais justiça, verdade e solidariedade.
A liberdade outorgada à Febraban, em 1986, é uma ilógica ferramenta que fere o direito e só garante a injustiça. A liberdade outorgada e os abusos que ainda estão em vigor deveriam ser anulados porque NÃO É LÍCITO A NINGUÉM SE ENRIQUECER À CUSTA DO EMPOBRECIMENTO DO PRÓXIMO.
Maquiagem não resolve mais nada e não haverá, com as leis atuais, nenhum compromisso válido e obedecido entre povo e nação. O futuro exige uma nova Constituição e que seja fruto do trabalho de uma constituinte formada por 150 pessoas, um a dois luminares de cada segmento da sociedade; apenas um a dois advogados constitucionalistas para garantir linguagem jurídica ao texto.
Necessitamos de uma Constituição sem viés eleitoreiro, com direitos e deveres, implacável e com indiscutíveis SIM ou NÃO, nunca como a atual, uma lamentável sintonia da falta de futuro.
O doente, a sociedade, não sobreviverá mais com os chazinhos propostos pelos políticos engajados na causa própria. A cirurgia deve ser invasiva e fazer sangrar até que o tumor seja extirpado.
A sabedoria está em buscarmos uma Constituição equilibrada na exigência do sim ou do não, que seja curta, franca e com texto harmonizado com o fim desejado de uma lei maior; Constituição para ser obedecida e que acabe sendo a salvação da justiça e da verdade, com a extinção total do jeitinho brasileiro e do levar vantagem em tudo.
Nova Constituição é a única porta de saída da corruptível e lastimável acefalia legal que está imperando. A nova lei maior deve ser a cabeça e o coração do futuro, o guia seguro, o corretivo implacável e a salvação das boas virtudes. Ela deve nortear, como era no passado, sobre o quanto é hediondo deixar que a agiotagem sufoque a produção, proíbir o investimento e castigar a criação de postos de trabalho. O que estamos lendo, a par com os dramas da sociedade, dá conta que os bancos estão lucrando o inimaginável, a Petrobrás lucra com o suor e sangue da sociedade e os perdulários no governo ou nas estatais premiam os funcionários, na ativa ou aposentados, com remunerações que fazem falta na mesa e na geração de trabalho para o povo.


Editado por Adriana   às   9/03/2006 11:05:00 PM      |