Devemos a coragem do deputado potiguar Djalma Marinho, que era um intelectual e acima de tudo um homem extremamente honesto e tinha consciência absoluta da situação política do país sua frase: “ao rei tudo, menos a honra”, que traduz de forma inequívoca o tipo de homens públicos que tínhamos. A honra, a honestidade e a coragem como condição necessária para lutar na vida pública o que infelizmente não acontece agora. Que pena!
No tempo do primeiro Congresso, com a negação dos deputados veio a reação imediata com o fechamento do Congresso, trocou-se mais uma vez a democracia pelo regime fechado. Foi imposto o AI-5, Ato Institucional número 5, que cassou uma quantidade enorme de deputados, mas nenhum por corrupção. Eram outros tempos onde a política era o caminho dos homens de bem e não um negócio altamente lucrativo como hoje.
Márcio Moreira Alves fez um discurso violento contra as forças armadas, chegando a ponto de pedir que as moças da época não namorassem cadete, um absurdo, mas mesmo assim, eles, os deputados, preferiram perder o mandato e ir para casa de cabeça erguida. Alguns foram exilados. E os de hoje? Os de hoje?
Nosso executivo hoje não tem mais a força dos regimes especiais e corrompe consciência com dinheiro. A compra de votos nos mostra que não é apenas o Congresso, as Câmaras Estaduais, os Prefeitos e os Estados, mas sim toda a sociedade brasileira que parece doente. É uma pena.
Como faremos as reformas tão necessárias para o país crescer, se não temos políticos comprometidos com a nação e sim com sua conta bancária. Pitigrille dizia que toda consciência tem seu ponto de fusão, daí cabe perguntar quantos reais é preciso ainda se jogar na fogueira da desonestidade para obter a fusão das consciências até que o país se dê conta e comece a crescer?