Por Plínio Zabeu Estamos no auge da campanha eleitoral. Exceto o presidente que está nele desde primeiro de janeiro de 2003. Já estamos vendo os recursos legais, ilegais, demagógicos, antiéticos etc., pois tudo vale agora. O que interessam são os votos. Felizmente para eles lá em cima, o nosso povo é totalmente desmemoriado e já se esqueceu dos mensaleiros, dos atravessadores, dos corruptos, dos dólares em cuecas, do caixa 2, das contas ilegais no exterior, dos 40 ladrões, dos que se envolveram em falcatruas gerais e pretendem – pior, pois conseguirão – retornar aos seus assentos. E levarão consigo os que necessitam da imunidade parlamentar já que estão até o pescoço envolvidos em irregularidades. Tudo com a aprovação daquele que tem coragem de dizer que devemos lavar nossas bocas se quisermos pronunciar o seu nome. Ele pode dizer o que quiser inclusive desrespeitando o Estatuto do Idoso ao qualificar de débil mental quem tenha 75 anos...
Bem. A CPI dos sanguessugas foi instalada malgrado todos os esforços, como sempre, das bases governamentais para impedi-la. Entretanto seu relator já “negociou” com o presidente uma ajudazinha a aliados mediante compensação de cargos e apoio à pretensão de governar seu Estado. E não pára aí. Falemos do projeto aprovado por unanimidade da CCJ do Senado, visando o fim da emenda da reeleição. Essa emenda que tão caro nos custou e custa, foi avaliada como altamente prejudicial ao país já na metade dos segundos mandatos dos reeleitos. O eleitor brasileiro não tem competência suficiente para corretamente analisar um governo e mantê-lo por mais um período. Bem, para agradar um pouco o povo congressistas cuidam de colocar um projeto visando o fim da malfadada emenda. Ora, sabemos como isso ocorre. Vai agora para o plenário em duas discussões, depois para a Câmara, com emendas, proveitos daqui e dali, provável negociações de votos ( já temos experiência anterior) e a coisa vai se enrolando. Mas já vale alguma coisa para o eleitor mais diferenciado. Uma esperança ao menos. E o presidente, “preocupado” com a péssima política, pensa em convocar uma nova “constituinte” visando reforma-la. Seria para o bem ou para o mal? Teríamos novamente os 300 picaretas que ele conhece bem? Seria um meio de mudar a Carta Magna, visando permanência indefinida no poder, que é a pretensão clara demonstrada pelo PT? Em todo caso não deixa de ser um motivo de consolo para o brasileiro, já cansado de tanta podridão. Se for pra valer, é claro... pz@vivax.com.br
Editado por Giulio Sanmartini às 8/03/2006 12:59:00 PM |
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