por Carlos Chagas na Tribuna da Imprensa BRASÍLIA - Ninguém duvida de que Pelé deveria ser proibido de dar palpites a respeito de futebol, política e demais temas relevantes da realidade nacional. No passado, diante do general-presidente Garrastazu Médici, chegou a dizer que o povo não estava preparado para votar. Na véspera da derrota contra a França, sábado, anunciou a premonição de que perderíamos o jogo. Tanto faz se errou antes, como acertou agora. O perigo está na capacidade de o fabuloso ex-craque influenciar opiniões. Porque diante das pesquisas mais recentes que indicam a ascensão do candidato Geraldo Alckmin, as premonições começam a entrar na ordem do dia. Já tem gente supondo que, continuando os percentuais como vão, o presidente Lula poderá não conquistar a reeleição no primeiro turno. Como corolário, surge a premonição de que seu adversário será capaz de batê-lo no segundo. Afinal, será uma nova eleição, onde inexistirá meio-termo. Por esses motivos, ou premonições, seria essencial que o PT buscasse fórmulas para calar Pelé. Até prometendo que, se ficar em silêncio político, poderá tornar-se o novo técnico da Seleção, preparando para 2010 aquilo que os franceses acabam de nos tirar em 2006. E se pensam estarmos dando asas à imaginação, seria bom prestar atenção no que conversaram logo depois da derrota Ricardo Berzoini, Tarso Genro e Luiz Dulci, do alto-comando da campanha de Lula. Para conquistar o segundo mandato, vale tudo...
Editado por Giulio Sanmartini às 7/04/2006 01:35:00 AM |
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