Por Ricardo Vélez Rodríguez, professor para O Globo Sempre tive a sensação de que a esquerda petista não estava à altura para gerir o país. A atitude da “esquerda reacionária” tupiniquim foi, costumeiramente, a de deblaterar contra a globalização. Algo tão burro como votar contra a lei da gravidade. Pois bem: o companheiro Lula foi eleito e saiu fazendo alianças, orientadas pelas simpatias ideológicas. Os chineses passaram a ser paparicados pelo governo, que ingenuamente acreditou ter um aliado para apoiar o ingresso do Brasil no Conselho de Segurança da ONU e para defender os nossos interesses na Organização Mundial do Comércio. Quando chegou a hora da tomada das decisões, os orientais buscaram a defesa dos seus interesses estratégicos. Com os “irmãos” latino-americanos o despreparo, em matéria de política externa, é de arrepiar o cabelo. O governo Lula agiu, de novo, movido pelo espírito da velha “afinidade ideológica”. Porque o companheiro Chávez, da Venezuela, deblatera contra os Estados Unidos e pretende fazer uma aliança dos oprimidos contra os opressores, aliança incondicional com ele! Qual foi o resultado? Pífio, a meu modo de ver, pois hoje Lula é refém da estratégia continental de Chávez, que está por trás do surto nacionalista do presidente Morales da Bolívia e que pretende empurrar pela goela abaixo do Brasil o discutível plano energético “bolivariano”.
Editado por Adriana às 7/02/2006 11:30:00 AM |
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