Na Veja desta semana Acredite: 22% dos parlamentares estão sob suspeita de ter cometido algum crime – numa lista que inclui seqüestro, extorsão, estelionato... "São dados assustadores. A delinqüência está cada vez mais generalizada no Congresso", resume o professor David Fleischer, do departamento de ciência política da Universidade de Brasília (UnB). O cenário não choca apenas pela quantidade de suspeitos, mas também pela qualidade dos crimes. Na lista, há crimes que costumam aparecer na biografia de bandidos comuns, como estelionato, seqüestro, extorsão, formação de quadrilha. Isso acontece porque o instituto da imunidade parlamentar, que surgiu no século XVII com o objetivo de garantir a liberdade de opinião e voto dos parlamentares sob a monarquia inglesa, foi inteiramente desfigurado sob o ar dos trópicos. Aqui, a imunidade parlamentar, que dá uma série de privilégios legais ao deputado ou senador, em vez de ficar restrita à palavra e ao voto, que são instrumentos essenciais no desempenho da função parlamentar, foi ampliada para crimes comuns – como estelionato, seqüestro, extorsão, formação de quadrilha. Isso explica um fenômeno bem brasileiro: o excesso de bandidos concorrendo a uma cadeira de parlamentar na eleição.
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Editado por Adriana às 7/08/2006 11:16:00 AM |
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