Nos dias atuais as pessoas devem pensar duas vezes ou mais antes de garantirem para si mesmas as suas ilusões. Não se pode colocar todas as esperanças nos meios de comunicação. Porém, é muito comum que se baseando em dados frouxos e personalidades estereotipadas acaba por se ir para caminhos errados.
Neste sentido é fácil que se comece por depositar grande parte de nossas espectativas em coisas que aparentemente podem nos dar resultados. Afinal, mais normal do que qualquer análise psicológica, o sujeito está sempre enveredando por estradas que são mais prazerosas do que por vias mais difíceis.
Hoje sabemos que existe uma tendencia ingênua – no mínimo – que espera sempre dos seres humanos aquilo que seria impossível de santos e de anjos. Os seres humanos são mais do que falíveis. E, o erro está, em acreditar que mudando as coisas elas vão se alterar de forma fantástica.
Pensemos um pouco: será que se os jogadores estivessem sendo treinados por alguém mais capacitado que o pai do Quico (leia-se Parreira) a história teria sido diferente? Se você acha que sim então eu lhe pergunto: Vais votar no Lula?
Ou, pensando de forma mais arriscada: Se no lugar daqueles “cobras” estivesse o “leão” Zidane, teria feito diferença? Se você acha que sim, então porque vai insistir em uma coisa que deu errada desde o começo? As coisas são assim, se a gente não pensa bem hoje, acaba por se arrepender amanhã. Ou não?
E, por favor, não comecem a dizer que tem um brasileiro na final por causa do “técnico de Portugal, ora pois” ou de algum árbitro. O Brasil vai estar que nem a Argentina, Gana, Croácia e Japão: assistindo pela televisão. Fizéssemos menos auê e procurássemos encarar a verdade, seria melhor. Menos fantasia e mais realidade. Chega de tanta ilusão. Afinal, nosso verdadeiro esporte sempre foi o xadrez. Não é mesmo, Zé Dirceu?