Por Carlos Chagas na Tribuna da Imprensa Brasília não anda deserta apenas de homens, tendo em vista a ausência de deputados, senadores, ministros dos tribunais superiores, ministros do governo, altos funcionários públicos, alunos, professores e empresários. O grave é que a capital federal também continua um deserto de idéias. Qual o plano que o velho governo recém-empossado dispõe para enfrentar os próximos quatro anos? Caíram no vazio os discursos do presidente Lula no dia da posse. Foram exortações retóricas, promessas sem garantia de realização.
Porque o natural seria a divulgação de um elenco de propósitos efetivos do que fazer para alcançar o crescimento econômico e ampliar as realizações sociais. Continuamos sem conhecer os tais planos para mudar o País. Festejam as elites a impressão de que tudo continuará como antes, ou seja, benesses para o capital especulativo, enquanto os bobos dedicam-se apenas, a saber, quem será o novo presidente da Câmara e que ministérios serão destinados a esses ou àqueles partidos. Sem saber, por exemplo, quem ocupará o Ministério da Integração Nacional, dá para imaginar como será o desvio das águas do Rio São Francisco? Há um problema ainda mais grave: depois que Suas Excelências retornarem, na próxima semana, brotará do chão esse programa nacional, que deveria ser muito maior do que o anunciado, mas ainda desconhecido Plano de Aceleração do Crescimento? Quem quiser que se engane, mas, pelo jeito, continuará tudo como antes. Poder ser um malicioso prelúdio para o terceiro mandato, já que o segundo, salvo engano, será igual ao primeiro...
Editado por Giulio Sanmartini às 1/10/2007 02:34:00 PM |
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