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COOPERATIVA DE CRÉDITO
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Há anos que nâo ouço falar de Cooperativas de Crédito. Eis que nosso colaboradoir Franciscio Marcos, publicitário e cientista político envia alguns comentáros a respeiro desta idéia fortissima, que deveria ocupar o lugar dos consórcios que viraram mais uma forma de financeira com taxas altíssimas e com enorme dificuldade de receber resíduos apesar da todos os elementos que estão claramente presentes nos contratos, e que garantem os mutuários de consórcios.
Vale a pena lembrar que um dos maiores bancos dos Estados Unidos nasceu da Sociedade de Auxílio Mútuo dos imigrantes italianos pobres na região de São Francisco na Califórnia em fins do século XIX.
Por Francisco marcos, publicitário e cientista político
No Brasil esta idéia foi implantada no início do século vinte no estado do Rio Grande do Sul e definida: “instituição financeira formada por uma sociedade de pessoas, de natureza civil, sem fins lucrativos e não sujeita à falência”.
class="fullpost">O objetivo é oferecer crédito e prestar serviços de maneira simples e vantajosa para seus cooperados. Praticam juros menores e menos exigências do que os bancos. Seu fundamento é altamente democrático, pois cada cooperado é um voto nas assembléias, independente da quantidade de quotas que possua. A figura medieval e jurássica do dono inexiste, todo cooperado é proprietário. Este tipo de atividade financeira já possui seis milhões de cooperados em nosso Brasil. O Rio Grande do Sul é o estado pioneiro, sua colonização européia foi a responsável, um imigrante suíço semeou a idéia. O cooperativismo em seus diversos matizes está muito arraigado entre os irmãos dos pampas. O capital da cooperativa de crédito é chamado de fundo social, quanto maior, maior será a capacidade de negócios. É um exemplo vivo de solidariedade, não a de botequins, mas voltada para o fortalecimento dos cooperados e da região. Os lucros são denominados “sobras”, repartidas entre os cooperados, determinados parâmetros norteiam esta divisão. Em meu entendimento inclui o volume de negociação e utilização do cooperado na cooperativa. Água parada não move moinho. A cooperativa de crédito não é concorrente dos bancos, mas uma alternativa séria. Desenvolve todas as atividades de um banco: recebe boletos até o dia do vencimento, realiza descontos, aceita aplicações, movimenta conta salário, portanto parece um banco, mas não é Campanhas promocionais custosas não são realizadas pelas cooperativas, respeitam o fundo social, estas campanhas fragilizariam o mesmo, diminuindo sua capacidade de negócios e operações. Cooperativismo é uma corrente, não a da felicidade, mas de seriedade e forte espírito de comunidade. Um cooperado deve cooptar um outro, fortalecendo a cooperativa. Alavancando negócios e resultados operacionais proporcionando sobras maiores. Simples não é a propagação de uma idéia ou conceito, os fundadores de cooperativas de crédito sabem bem disso, e também que o cooperativismo é um apanágio da liberdade, da livre associação. São João da Boa Vista, Ribeirão Preto, Santa Cruz das Palmeiras, possuem cooperativas de crédito e Campinas, destaque entre as metrópoles brasileiras, tem a Cooperativa de Crédito Mútuo dos Empresários de Campinas-ACICOOP, ligada ao SISCOOB. Empresário abraçe esta idéia, imediatismo não é, encare como uma oportunidade de fortalecimento do empreendedorismo em nossa região.
Editado por Ralph J. Hofmann às 1/09/2007 10:01:00 AM |
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