Por Plínio Zabeu
Na posse o presidente alardeou a preocupação com a segurança devido aos acontecimentos no Rio de Janeiro (de São Paulo já até se esqueceu uma vez que o novo governador é de outro partido). Chamou a situação de “terrorismo”, sem atentar para a diferença entre este termo e a criminalidade organizada. Falou em colocar as Forças Armadas lá, mas sem levar em conta que estas não terão como agir a não ser em caso de intervenção federal, o que seria um desastre para o amigo eleito. A seguir o ministro da defesa: Waldir Pires falou, falou e falou. Mas não disse nada. Ou seja, repetiu sua atuação desastrada durante o caos aéreo ocorrido após o desastre que vitimou 154 pessoas e que poderia muito bem ter sido evitado se normas fossem realmente seguidas.
Quanto à propalada “austeridade”, prioridade para a maioria dos governadores, o presidente foi na contra mão. Enquanto todos estão pregando economia, corte de gastos etc., sua Excia libera tudo com a finalidade de passar à história como o mais “popular” presidente “desse país”. Citou a Responsabilidade Fiscal mas com ressalvas, já que, com uma penada, deixou livre seu amigo e companheiro Zeca (hoje desfrutando do conforto junto ao presidente em merecidas férias), de cumprir sua obrigação quanto ao montante de 28 milhões de dívida do Estado para com a União. Pior ainda. Não se envergonhou – como toda a nação – da aposentadoria dada ao amigo, coisa realmente asquerosa que ocorre apenas em locais onde a seriedade e ética de há muito foram sepultadas. E o restante? Bem. Para o cidadão ter segurança deverá custeá-la com seus próprios recursos. Caso das “milícias” particulares cariocas que, embora cobrando para isso, mostraram que podem combater e ganhar dos traficantes, daí a reação destes queimando ônibus com gente dentro. Saúde então nem é bom falar. Quem tem algum recurso se socorre de planos, quem não tem amarga na fila sem fim. Justiça, só para quem tem muito mais. Pelas nossas leis, inclusive pela Constituição que nos coloca a todos como iguais, não deveria haver nenhum, mas nenhum preso atualmente nas cadeias, já que qualquer criminoso só poderá ser encarcerado depois de esgotados todos os recursos. Vide o caso Pimenta, de todos conhecido. Os mercadores da Fé, presos ao chegarem aos Estados Unidos com mais de 50 mil dólares (enquanto aqui se escondem dólares em cuecas, com eles o dinheiro está na capa da Bíblia), saem livres depois de pagarem 100 mil de fiança. Estes são apenas alguns problemas. pz@vivax.com.br
Editado por Giulio Sanmartini às 1/10/2007 09:57:00 AM |
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