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O TORMENTO TRIBUTÁRIO
Por Ubiratan Iorio no Jornal do Brasil
Para que o leitor tenha uma idéia embasada em números da extorsão tributária praticada contra cidadãos e empresas “deste país”, por parte da União, estados e municípios, transcrevo abaixo dados do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário. Desnecessário comentá-los. São impressionantes. Chocantes. Alarmantes. E falam por si. Leia-os até o fim.
Eis os percentuais de tributos que você paga sobre os preços finais dos seguintes produtos:
Medicamentos - 36%; água, 29,8%; luz, 45,8%; telefone, 47,9%; gasolina, 57,0%. Produtos alimentícios básicos: carne bovina, 18,6%; frango, 17,9%; peixe, 18,0%; sal, 29,5%; trigo, 34,5%; arroz, 18,0%; óleo de soja, 37,1%; farinha, 34,5%; feijão, 18,0%; açúcar, 40,4%; leite, 33,7%; café, 36,5%; macarrão, 35,2%; margarina, 37,1%; molho de tomate, 36,7%; ervilha, 35,9%; milho verde, 37,4%; biscoito, 38,5%; chocolate, 32,0%; achocolatados, 37,8%; ovos, 21,8%; frutas, 23,0%.
Sobre produtos básicos de higiene e limpeza: sabonete, 42%; xampu, 52,4%; condicionador, 47,0%; desodorante, 47,3%; aparelho de barbear, 42,0%; papel higiênico, 10,0%; pasta de dente, 42,0%; álcool, 43,3%; detergente, 41,0%; saponáceo, 41,0%; sabão em barra, 41,0%; sabão em pó, 42,3%; desinfetante, 38,0%; água sanitária, 38,0%; esponja de aço, 45,0%.
E sobre o material escolar (sim, é isto mesmo!): caneta, 48,7%; lápis, 36,2%; borracha, 44,4%; estojo, 41,5%; pastas plásticas, 41,2%; agenda, 44,4%, papel sulfite, 39,0%; livros, 13,2%; papel, 39,0%; mochilas, 40,8%; régua, 45,9%; pincel, 36,9%; tinta plástica, 37,4%.
Sobre bebidas: refresco em pó, 38,3%; suco, 37,8%; água, 45,1%; cerveja, 5,06%; refrigerante, 47,0%.
Percentuais sobre os preços de utensílios de cozinha: pratos, 44,8%; copos, 45,60%; garrafa térmica, 43,2%; talheres, 42,7%; panelas, 44,5%.
E sobre os preços dos produtos de cama, mesa e banho: toalhas (mesa e banho), 36,3%; lençol, 37,5%; travesseiro, 36,0%; cobertor, 37,4%.
Nos eletrodomésticos: fogão, 39,5%; microondas, 57,0%; ferro de passar, 44,4%;telefone celular, 41,0%; liquidificador, 43,7%; ventilador, 43,2%; refrigerador, 47,1%; vídeo, 52,1%; aparelho de som, 38,0%; computador, 38,0%; batedeira, 43,6%; roupas, 37,8%; sapatos, 37,4%.
Sobre materiais de construção: casa popular, 49,0%; telha, 34,5%; tijolo, 34,2%; vaso sanitário, 44,1%; tinta, 45,8%; fertilizantes, 27,1%; móveis (estantes, cama, armários), 37,6%.
Em cima das mensalidades escolares, 37,7% (com ISS de 5%)
Sobre mais alguns itens: automóvel, 43,6%; CD, 47,3%; DVD, 51,6%; brinquedos, 42,0%; mesa de madeira, 30,6%; cadeira de madeira, 30,6%; sofá de madeira/plástico, 34,6%; armário de madeira, 30,6%; cama de madeira, 30,6%; motocicleta de até 125 cc, 44,4%; motocicleta acima de 125 cc, 49,8%; automóvel, 43,7%; bicicleta, 34,5%; vassoura, 26,3%; tapete, 34,5%; passagens aéreas, 8,7%; transporte aéreo de cargas, 8,7%; transporte rodoviário interestadual de passageiros, 16,7%; transporte rodoviário interestadual de cargas, 21,7%; transporte urbano metropolitano de passageiros, 23,0%.
“Neste país” de um povo manso e ordeiro, quem vive na verdadeira “Casa Grande” é o Estado, enquanto nós, trabalhadores e empreendedores do setor privado, ricos, remediados e pobres, vivemos na “Senzala”. Leitor, se você não tem sangue de barata, se não é uma viúva da antiga URSS nem uma carpideira do socialismo, comece a protestar contra esta criminosa espoliação de que é vítima, muitas vezes, sem o saber!


Editado por Giulio Sanmartini   às   11/08/2006 05:46:00 AM      |