No Jornal da Tarde
Na CPI, Abel nega ligação com máfia Em depoimento sigiloso à Polícia Federal sobre o caso do dossiê contra tucanos, o senador Aloizio Mercadante (PT-SP) contradisse Oswaldo Bargas, ex-assessor do Ministério do Trabalho e um dos envolvidos no episódio. Mercadante informou que, em 4 de setembro, 11 dias antes de o caso vir à tona, teve reunião com Bargas e Expedito Veloso - ex-diretor do Banco do Brasil e outro acusado de participar da negociação do material -, acompanhada pela senadora Ideli Salvatti (PT-SC).
Os dois informaram que os Vedoin - Darci e Luiz Antonio, donos da Planam, principal empresa do esquema sanguessuga - estavam escondendo informações sobre irregularidades no Ministério da Saúde no governo FHC (PSDB). Segundo Mercadante, no encontro Bargas sugeriu que o PT usasse a audiência no Conselho de Ética do Senado, no dia seguinte, para vincular os ex-ministros da Saúde tucanos José Serra, Barjas Negri e o empreiteiro Abel Pereira ao esquema. Luiz Antônio deporia no conselho e a proposta era pressioná-lo na reunião para que contasse o que sabia contra tucanos. 'O encontro foi a pedido de Bargas. Eles estavam juntos e Expedito, que eu não conhecia, estava mais informado sobre os detalhes', disse Mercadante. Na CPI das Sanguessugas, Bargas afirmou que conhecia superficialmente o conteúdo do dossiê, omitiu o encontro com Mercadante e disse que sua só acompanhou entrevista dos Vedoin à revista IstoÉ. Mercadante também comprometeu seu ex-assessor Hamilton Lacerda, suposto responsável pela entrega do dinheiro para pagar o dossiê. Ele informou ao delegado que não considerava 'factível' a versão de Lacerda de que levava boletos de campanha em uma das sacolas que deixou no Hotel Ibis.
Editado por Giulio Sanmartini às 11/24/2006 01:58:00 PM |
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