Por André Leite
Uma característica comum aos esquerdistas é a negação sistemática dos fatos. Acham que o mundo é de acordo com seus sonhos, isto no caso dos esquerdistas do bem (acredite em mim, eles ainda existem). Pena que estes inocentes úteis são a minoria, a esquerda hoje foi invadida pela pilantragem. O PT de hoje é o PFL de ontem, no espelho. Apresenta uma roupagem de marketing diferente, porém os métodos corruptos e coronelísticos são os mesmos. Mas o objetivo de hoje é “ficarmos de bem” com sua excelência, o fato. Mais exatamente no tema privatizações.
Os inimigos dos fatos repetem sempre duas frases-mantra contra as privatizações. “Venderam tudo na bacia das almas” é a primeira. A segunda e não menos cacarejada é “O que fizeram com o dinheiro da privatização?”. Copiando o programa “Luz para Todos (os companheiros) ” do governo Apedeuta, esta coluna lança seu programa “Luz para as Esquerdas”. O ex-diretor do Banco Central, Alexandre Schwartzman, divulgou que a dívida pública estaria hoje em 60% do PIB caso não tivéssemos tido as privatizações. Hoje, como é sabido, a dívida pública está em 50% do PIB. Ainda assim, números astronômicos para qualquer país que almeja crescimento sustentado. O estudo do doutor em economista conclui o óbvio ululante. Com a dívida menor, tivemos neste período menores taxas de juros, maior proteção às crises financeiras e naturalmente um maior crescimento econômico. Se a vida já é difícil com uma dívida de 50% do PIB, teria sido bem pior devendo 60% do PIB. Algo como R$ 200 bilhões. Uma bolada. Pois bem, quase 8 anos depois das privatizações, o Ademar Adams agora já pode falar que descobriu para onde foi o ervanário. Custou mas achou! Quanto a vender tudo na bacia das almas, a questão é um pouco mais complexa. Mas nada que com um pouco de boa vontade e tutano não se entenda. No caso das empresas de Telecom, o Tesouro Nacional teve um baita ganho financeiro. As empresas foram privatizadas no auge do entusiasmo com telecom, Internet, celulares. Isto foi em 1998. Em 2001 a bolha internética estourou e com isso foi por terra o valor destas empresas. Se somarmos o valor de mercado atual das empresas de telecom, veremos que ainda não valem metade do que o saudoso Sérgio Motta conseguiu para o Brasil em 1998. No caso de empresas como Vale e Embraer foi ao contrário. Ambas valem mais hoje, mas não valeriam se ainda continuassem nas garras do estado perdulário. Ambas ganharam capacidade de investimento e excelência gerencial. Fatores importantes para seu vertiginoso crescimento. A Vale ainda se beneficiou do estonteante aumento de preços do minério de ferro. Como investiu e aumentou sua produção, soube tirar proveito do bom momento. Além da redução da dívida interna, a privatização trouxe uma montanha de investimentos que o governo por si só não poderia ter feito. Só no complexo telecom foram R$ 100 bilhões desde 1998. Quando até o caseiro aviltado pelo Palloci fala no celular, quando os céus mundiais são tomados por nossos aviões e quando a nossa balança comercial bate recordes devemos dar graças. Devemos agradecer à privatização que nos tirou dos tempos das trevas estatais. O que deve ainda ser privatizado é tema para outro artigo, mas pergunte-se para que serve a Petrobrás, o BB e a Caixa nas mãos do estado? Para regar as ONG’s petistas e quebrar sigilo de caseiro é que não é. Pra financiar esquema de mensalão tampouco. Estado “lipo-aspirado” é estado “honestizado”. Simples assim.
Editado por Adriana às 11/24/2006 09:54:00 AM |
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