Por Luiz Orlando Carneiro no Estado de São Paulo
BRASÍLIA. Os três principais integrantes do antigo núcleo duro do governo - Luiz Gushiken, José Dirceu e Antônio Palocci - são alvo de investigações do Ministério Público e de inquéritos na Justiça. Oito páginas da denúncia do procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, contra os suspeitos de participação no esquema do mensalão são dedicadas a Gushiken, ao lado de Henrique Pizzolato, ex-diretor de Marketing e Comunicação do Banco do Brasil. Gushiken é acusado de peculato. Segundo Souza, ele e Pizzolato, "em atuação orquestrada, desviaram, no período de 2003 a 2004, em benefício do grupo liderado por Marcos Valério e do Partido dos Trabalhadores, vultosas quantias do Fundo de Investimento Visanet, constituído com recursos do Banco do Brasil".
José Dirceu foi qualificado, no texto do procurador-geral da República, como "o principal articulador" do mensalão. O ex-chefe da Casa Civil foi acusado de: formação de quadrilha, peculato e corrupção ativa. Dirceu também foi enquadrado nos capítulos referentes às acusações por corrupção passiva e formação de quadrilha contra José Janene, Pedro Corrêa, Pedro Henry, Valdemar Costa Neto, Bispo Rodrigues, José Carlos Martinez, Roberto Jefferson e Romeu Queiroz. O ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci é acusado pelo Ministério Público de Ribeirão Preto de participar de um suposto esquema de corrupção no serviço de limpeza da cidade paulista na época em que foi prefeito. Ele foi denunciado por peculato, formação de quadrilha e falsificação de documentos. No inquérito da Polícia Federal que investigou a quebra ilegal do sigilo bancário do caseiro Francenildo dos Santos Costa, Palocci é acusado de violação de sigilo bancário e funcional, além de prevaricação.
Editado por Giulio Sanmartini às 11/14/2006 01:40:00 PM |
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