Até ontem, eu pegava ela no colo, e brincava de casinha e bonequinha com ela. Caçula de uma família de seis irmãos, não poderia ser diferente, todos a protegiam, indistintamente. E quando a mãe embravecia com alguma coisa que ela aprontava, lá estavam seus fiéis escudeiros, O Gerson, a Lia, a Liane, eu e o Jéferson, prontos pra enfrentar a mãe e livrar a Lu de uma surra! Escrevendo este texto, me vêm à memória momentos tão lindos! Ela era um doce, a meiguice em pessoa. Bom, ela hoje ainda é uma menina muito bacana, contanto que não a tirem do sério, porque vira um fera, deve ser o tal “sangue húngaro” de nossa família.
O tempo realmente não para, parece tão perto o dia em que completei 18 anos, e ávido dei entrada com os documentos para tirar minha carteira de motorista, louco para poder dirigir a todos os lugares a que tinha vontade, parece tão próximo e, no entanto, se passaram tantos anos, a gente nem percebe!
E sem perceber, minha “irmãzinha” cresceu, e de livre e espontânea vontade, juntamente com seu noivo, resolveu iniciar um novo lar! Parece mentira, uma garotinha que a gente embalava de repente se transforma em uma mulher, e claro, segue o seu curso. Mas pra nós, é difícil de acreditar que este “bebê” (pra nós ela sempre será uma criança) vai sair da casa materna, e vai montar um novo lar.
Estou indo pra Curitiba cheio de alegria para acompanhar o casamento. Mas também com melancolia, de saber que essa menina cresceu, é inevitável, e de que o mais importante membro de nossa família não estará presente em corpo. Nas tenho certeza que nosso “velho” e querido pai estará lá do céu, feliz, abençoando esta união...Vida longa aos noivos!!!