Por Giulio Sanmartini A condenação de Emir Sander por ter injuriado Jorge Bornhausen, deu um agito geral nos jornalistas e escritores de esquerda, todos estão dando sua opinião e mostrando os fatos como melhor lhes aprouver, a realidade é outra história que para eles não está interessando muito. Hoje leio um tanto pasmado o artigo do jornalista Rui Martins – Quem tem medo de Emir Sader? (Direto da Redação). Tudo me faz acreditar que ele imagine um bando de tolos os que lêem. Quer mostrar a estes que foi negado ao condenado o direito de pensamento e expressão, vejamos o que escreve: “Por mais que me esforce não consigo lembrar de uma condenação à prisão e perda de emprego por artigo escrito na imprensa. Exceto, é claro, em regimes ditatoriais. Criticar um político da época salazarista, franquista, soviética podia custar caro e mesmo a vida. Por isso, fiquei surpreso com a condenação à prisão e à perda de seu emprego de professor aplicada por um juiz contra o cientista político e jornalista Emir Sader por um simples artigo publicado na Carta Maior.[...]”. Sader teve a liberdade de dizer o que bem entendeu de Jorge Borhausen, mas toda liberdade está sujeita a uma responsabilidade igual e em sentido contrário e, ao exercer essa liberdade cometeu uma injuria, isto é insultar, ofender a dignidade ou a honra de alguém, sem apontar especificamente as circunstâncias pejorativas. A injúria está prevista no artigo 140 do Código Penal Brasileiro, com pena de detenção de 1 a 6 meses ou multa. Portanto este foi o motivo de sua condenação. Rui Martins, no seu artigo, em momento algum informa ao leitor o motivo da condenação que ele tanto abomina, portanto a informação torna-se incompleta e tendenciosa. O jornalista ao confundir liberdade de expressão com impunidade para um crime previsto no Código Penal, faz lembrar o personagem de Gabriel Garcia Marques em Cem anos de Solidão, que confundia pênis com equinócio.
Editado por Giulio Sanmartini às 11/07/2006 09:34:00 AM |
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