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AS MOSCAS ESTÃO MAIS GORDAS
Por Giulio Sanmartini

A fotografia acima mostra um Luiz Inácio Lula da Silva diferente daquele de hoje, mas com algumas igualdades.
Ele está mais jovem, pudera a foto tem quase 10 anos, os cabelos estão pretos, mas não tão cuidados por cabeleireiros como hoje, o terno é simples e nada se assemelha aos feitos por alfaiates como os de agora, mas ao seu lado, está, como sempre seu indefectível escudeiro José Dirceu. Lula, que na época estava se preparando para disputar sua terceira candidatura à presidência (perdeu) está também fazendo algo de que perdeu o hábito: dando uma entrevista coletiva, onde que está deixando a direção do Partido dos Trabalhadores (PT) e tenta sem sucesso explicar uma das primeiras patifarias de seus companheiros.

Dois anos antes, a revista Veja havia publicado uma denuncia em que o petista de carteirinha Paulo de Tarso Venceslau, que fora secretário de Finanças de São José dos Campos, fizera contra Roberto Teixeira. Este por ser compadre de Lula e ceder uma casa para que ele morasse de graça, forçava as prefeituras do estado de São Paulo sob administração do PT, a assinar contratos superfaturados e sem concorrência com sua empresa Consultoria para Empresas e Municípios- Cpem. Teixeira obviamente negou tudo, mas o ex secretário de finanças da cidade de São Paulo Amir Khair, na gestão Erundina, confirmou que ele havia se apresentado à prefeitura forçando a barra para que fosse feito um contrato.
Quando Venceslau denunciou o que acontecia em São José dos Campos, foi taxado por Lula como “paranóico” (hoje sã os “aloprados”) e expulso do partido.
A prefeita de São José dos Campos era a famosa “bailarina” Ângela Guadagnin e quem arrecadava o dinheiro da Cpem, era tesoureiro da campanha de Lula, nada mais nada menos que o pagador de contas presidenciais, Paulo Okamoto.
Lula com a amoralidade que o caracteriza explicou o fato de morar franco de pagamento na casa de seu compadre: “Trabalhei durante trinta anos (sic) e fui um pai e um marido omisso. Não posso ter uma casa como aquela em que morava (um sobradinho). Se o único jeito de conseguir uma melhor é assim, vou ficar com ela e pronto”. Esse certamente foi o raciocínio que seguiu ao aceitar que a empreiteira Andrade Guiterrez sustentasse sua filha Luriam em Paris, ou de ter pedido uma aposentadoria especial por ter ficado preso dias durante a ditadura.
O PT e Lula tentaram de todas as formas esconder e desacreditar as denuncias da Veja (como continua a acontecer), pois entre investigar uma denúncia ou assumir a defesa do amigo que lhe cede a casa, ele optou pelo conforto pessoal.
Lendo duas notas em P&P de Cris (Maria Cristina) do último dia 7/11 (CUIDADO ELES ESTÃO DE VOLTA e ELE ESTÁ DE VOLTA AO PALÁCIO) fica-se sabendo que Guadagnin, Okamoto e Dirceu voltaram a freqüentar o quarto andar do Palácio do Planalto.
As moscas são as mesmas, mas engordaram bastante, pois o bolo fecal aumentou muito, saiu das prefeituras e tomou conta do país.

Texto de apoio:
A mancha na estrela – por Bruno Paes Manso e Andréa Barros – in Veja 4/6/1997
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Editado por Giulio Sanmartini   às   11/08/2006 04:01:00 PM      |