Na Tribuna da Imprensa BRASÍLIA - Pelo menos dez órgãos e instituições públicas e o PT estão envolvidos na trama do dossiê Vedoin, revelam investigações da Polícia Federal (PF). O vínculo de entidades, possivelmente na esfera federal, foi descoberto com base na quebra do sigilo telefônico de 150 números. Nos telefonemas, os interlocutores comentam a compra da documentação contra políticos tucanos. Ontem, a PF pediu à Justiça a quebra de sigilo telefônico de mais cem acusados, segundo o delegado Diógenes Curado, que conduz o inquérito, sem citar nomes. Ao todo, são 750 pedidos de quebra de sigilo telefônico para rastrear a origem de R$ 1,75 milhão apreendido no dia 15, no Hotel Íbis, em São Paulo. O dinheiro, em dólares e reais, estava com o advogado Gedimar Passos e o empresário Valdebran Padilha. A polícia pretender esclarecer o escândalo do dossiê antes do segundo turno das eleições.
Novas diligências serão feitas em casas de câmbio e lotéricas e bingos na capital paulista a partir de hoje. Na segunda-feira, o empresário Abel Pereira deporá, às 9 horas, em Cuiabá. Na terça-feira, a PF confirmou o depoimento do deputado Ricardo Berzoini (PT-SP), em Brasília. A corporação informou acreditar que Pereira e Berzoini possam apresentar informações relevantes para a conclusão da apuração. Pereira é apontado pelo dono da Planam, Luiz Antônio Trevisan Vedoin, como intermediário na liberação de verbas no Ministério da Saúde durante a gestão do ex-ministro e atual prefeito de Piracicaba, no interior de São Paulo, Barjas Negri, no governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Em depoimento à Justiça Federal, Vedoin sustentou acusações feitas contra o empresário para a liberação de emendas de interesse da máfia das ambulâncias. Já o deputado do PT de São Paulo, teria conhecimento do dossiê e do interesse de Pereira em adquiri-lo, revela uma fonte da PF.
Editado por Giulio Sanmartini às 10/14/2006 02:05:00 AM |
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