Entrevistas
Arthur Virgílio
Gerson Camata
Júlio Campos
Roberto Romano - 1ª parte
Roberto Romano - 2ª parte
Eluise Dorileo Guedes
Eduardo Mahon
p&p recomenda
Textos recentes
Arquivo p&p
  
TIRO PELA CULATRA
Por Jayme Copstein, Rádio Gaúcha

O que foi dito e repetido nestes comentários ao longo do tempo, com reações descabidas e até grosseiras de parte de alguns poucos ouvintes, confirmou-se anteontem. O Tribunal Superior Eleitoral liquidou a questão: eleitor anulando voto, não anula eleição.
Os fundamentos foram os mesmos usados aqui: anulam a votação, fraudes e irregularidades que falsificam a intenhção do eleitor. Se ele está dizendo, porém, que não deseja votar em ninguém, apenas está se abstendo, não está anulando nada.
A interpretação do Tribunal Superior Eleitor, entretanto, não esclarece outro ponto importante da questão, se o eleitor conseguisse aquilo que parece ter em mente: anular sucessivamente todas as eleições, até que se lhes apresentassem candidatos considerados aceitáveis.
Já que estamos lidando com ficção, suponhamos que acontecesse. Eleição anulada, sem candidatos eleitos para novos mandatos, para evitar que o país desandasse no caos, sem nenhum governo e, portanto, sem nenhuma autoridade para o governar, a única solução seria manter justamente personagens que ele tanto deseja varrer de cena.
Seria, sem tirar nem pôr, o autêntico tiro pela culatra.


Editado por Adriana   às   9/08/2006 03:31:00 PM      |