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MEIO AMBIENTE, UM NEGÓCIO DO FUTURO
Por Onofe Ribeiro
As discussões ambientais sobre Mato Grosso têm se tornado recorrentes e polêmicas muito além do necessário. E da racionalidade, também. As discussões sacodem argumentos parecidos e reais. Mas a forma é que tem gerado as polêmicas. Há muito terrorismo sobre fatos reais.
Na semana passada assisti em Sinop à palestra de dois técnicos convidados para o evento do Promadeira. Ambos cursaram doutorado em meio ambiente na Alemanha há pouco tempo. Eles trouxeram a informação de que estudos sobre mudanças climáticas feitos pelos países desenvolvidos, dizem que em 50 anos a camada de ozônio da atmosfera estará detonada. Com isso, o planeta sofrerá severas mudanças climáticas e as espécies vivas, aos poucos, entrarão em seguidos processos de mutação para se adaptar.
Os primeiros a se adaptar serão os microorganismos, porque sua reprodução é acelerada e seu ciclo de vida é curtíssimo. Porém, adaptados primeiro, eles certamente ameaçarão a espécie humana, por exemplo.
Aqui surgem as reais questões ambientais.
Quem mais polui e sacrifica a camada de ozônio é o gás carbônico produzido pelos combustíveis fósseis, seguido do metano, que vem das decomposições orgânicas.
Para evitar que esses gases continuem poluindo a atmosfera e arriscando a camada de ozônio, os países criaram o Protocolo de Kioto, e depois, a partir dele, o chamado seqüestro de carbono.
A preservação de árvores e de florestas, são garantia de preservação da camada de ozônio. Por isso, os desmatamentos têm sido tão perseguidos para conservação da atmosfera. Os japoneses não podem mudar suas fábricas e com isso poluem o ar a níveis humanos insuportáveis. Como os gastos com saúde atingiram níveis comprometedores, o governo japonês decidiu comprar créditos de carbono de floresta e de empreendimentos que gerem metano, como lixões, aterros sanitários e resíduos de queima de madeira, por exemplo. Uma vez aproveitados os resíduos, diminui-se a pressão sobre as florestas.
Outra iniciativa foi a de misturar 2% de álcool à gasolina para melhorar a qualidade de vida no Japão e reduzir os custos da saúde. Aqui entra a vertente econômica da questão ambiental. A preservação de matas, a utilização do álcool e a expansão da cana de açúcar, mais a compra do metano dos dejetos sanitários e orgânicos, mostra que meio ambiente será um negócio de grande futuro.
Embora o assunto ainda não seja do pleno domínio público, o que se vê é que a economia tradicional talvez precise ser revista para novos modelos sustentados e economicamente viáveis. Mas o certo é que meio ambiente deixa aos poucos de ser uma perseguição para transformar-se em elemento da economia moderna e futurista.




Editado por Giulio Sanmartini   às   9/05/2006 08:38:00 AM      |