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NEM COM ENGOV
Por Giulio Sanmartini
Foi revoltante a reunião dos artistas, para fazer elogios e justificar a falta de vergonha, roubo e bandalheira que grassam de forma inimaginável grassam nesse governo.
No Brasil confunde-se artista com intelectual, um equívoco. Artista é aquele que se dedica às belas-artes (plástica, música, poesia e dança) fazendo dela também profissão, são também aqueles que interpretam papéis no teatro, cinema, televisão, rádio etc...
Intelectual é quem tem a faculdade de compreender, a inteligência, se interessam pelo estudo das letras e das artes. A arte é um dom, enquanto a intelectualidade é uma força de estudos.
No Brasil, onde se estuda pouco, o mercado editorial é pífio, assim como as livrarias e bibliotecas, os artistas, especialmente da televisão se sentem e são considerados equivocadamente intelectuais, mas fato é, que especialmente entram nas casas formando hábitos e opiniões da grande maioria dos brasileiros. Deveriam por isso, caso tivessem consciência de suas responsabilidades, agir com um mínimo de lisura em seus ditos e seus atos, pois servem de espelho.
Isso faz com que alguns artistas em apoio a reeleição do presidente Lula, assumam posições ainda mais graves daquilo que poderia parecer. O cineasta Luiz Carlos Barreto, que sempre viveu do patrocínio estatal (agora mais que nunca), com uma falta de vergonha que chega às raias da obscenidade disse: “A política é um terreno pantanoso. A ética é de conveniência. Se o fim é nobre, os fins justificam os meios. O que acho inaceitável é roubar. Eu acho que o mensalão e do jogo político, não é roubo”. Barreto em sua crise de achismos faz confusões de conceitos, segundo ele temos que entender que o peculato não é roubo e mais ainda, seu fim é nobre.
O grande ator Paulo Betti, militante do Partido dos Trabalhadores (PT) de longa data não lhe fica atrás: “Não vamos ser hipócritas, eu acho que não dá para fazer política de mãos limpas”. Outro achismo de contundente amoralidade.
O músico Wagner Tiso junta-se ao coro dos desavergonhados com a seguinte pérola: “Não estou preocupado com a ética. Acho que o PT faz um jogo que tem que fazer para governar o país”. Certamente ele deve “achar”, isso parce um franco à organização criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) que também para “governar” ignoram, por força da atividade, a ética.
Tudo até não estaria tão mal se isso não fosse exposto na casa do ministro da Cultura Gilberto Gil, o que o faz conivente de princípios corruptos como se tudo fosse normal.
Errou a atriz Regina Duarte em temer a incapacidade comprovada e agora coadjuvada pelo desonestidade de Luiz Inácio Lula da Silva, seu temor deve ser com os princípios vergonhosos, equivocados e imundos de seus colegas de profissão.
Esses fatos me dão ânsias de vômito, que não há Engov que dê jeito.


Editado por Giulio Sanmartini   às   8/29/2006 08:01:00 AM      |