Por Plínio Zabeu “Como um político nunca acredita no que diz, surpreende-se quando os outros acreditam nele” Charles De Gaulle. A atual campanha, pelo menos para presidente, bem que poderia ser encerrada. Tudo definido e pronto. Horário gratuito? Não. As estações de TV descontam no Imposto de Renda o valor correspondente ao tempo em que candidatos aparecem fazendo caretas, contando mentiras etc.. Temos certeza de que a audiência anda na beira do zero. Com muita razão, o eleitor de hoje já consegue se afastar e procurar algo de mais útil para fazer nesse tempo. Poucos são aqueles políticos que ainda nos transmitem algo de útil. Mensaleiros, carregadores de dólares em cuecas, milhões em aviões, moedas disfarçadas de uísque, contas publicitárias pagas com dinheiro sujo de fora do país etc., nos fazem desligar a TV. Sujeira a após sujeira, eis que um grupo de “intelectuais” e artistas (até então respeitados por boa parte da população) se reúne, juntamente com o presidente na casa do Ministro da Cultura ( que até agora não disse a que veio a não ser mostrar que aproveitou cada minuto do tempo para passeios em viagens e hotéis de primeira classe). Desta reunião saíram verdadeiras “pérolas” faladas em matéria de política fedorenta.
Não tiveram nenhum cuidado ao assinar uma declaração – que confirmava aquela que o presidente fizera na França no início da mostra pútrida do governo – segundo a qual, na realidade “política se faz com mãos sujas e pronto”; “mensalão não é pecado, mas recurso legítimo”; “se o fim interessa, qualquer meio o justifica”. E por aí a fora, colocando definitivamente o rótulo petista da atividade governamental neste período de mandato. Com a eleição garantida, o presidente terá que se valer daquilo que fala sem acreditar no que diz e confiante na crença de um povo enganado. No atual mandato, conseguiu sucesso na economia apenas mantendo o que foi iniciado no governo anterior. Além de uma situação extremamente favorável do comércio mundial. Tanto que todo o mundo cresceu, menos nós que conseguimos apenas ultrapassar um pouco o Haiti. Agora, a economia americana começa a dar sinais de desaquecimento. Atrás dela irão muitas outras. E aquele “vento” comercial pode estar se tornando apenas um soprinho. E daí? O presidente vai por novamente em prática tudo o que fez no atual mandato? Mensalão? Comercialização de cargos? Fugir da raia de novo? Pior de tudo se ele resolver buscar orientação em seu atual guru Hugo Chávez. E aí? Deus nos ajude!!!
Editado por Giulio Sanmartini às 8/31/2006 04:13:00 AM |
|