Por Onofre Ribeiro Concluo esta série de cinco artigos sobre as transformações do mundo atual, na certeza de que o debate tenha sido positivo. Existe uma consciência coletiva de que mudanças estão acontecendo, mas que outras muito mais profundas estão em gestação neste momento. A crise é muito grande para findar ingloriamente. Apelo aqui a duas teses que julgo oportunas para deixar como reflexão do momento atual. Uma, as previsões dos maias, um povo que viveu na América Central até por volta do ano mil depois de Cristo. Eles registraram em sua escrita simbólica sobre pedras dos monumentos, que a partir do ano de 2005 o Mal atingiria o seu mais alto grau. Junto, o Bem cresceria até superar o Mal em 2012. Por Mal e por Bem não se entenda princípios religiosos, mas estados da consciência coletiva. Não há como duvidar de que estejamos num pantanal de conflitos entre o Bem e o Mal. Neste momento o Mal é maior, mas o Bem ocupa discretos espaços. Claro que tudo isso é um processo custoso e difícil. Sem espelhos, sem bússola e sem manuais de conduta. Outra percepção que me é muita grata e me emociona muito, chama-se “Crianças Índigo”. O tema deriva do livro "The Indigo Children" escrito por Lee Carroll e Jan Tober, publicado pela primeira vez em Maio/1999. Transcrevo um pequeno trecho da abertura: “A partir da década de 80, elas começaram a chegar, mais e mais. São crianças espetaculares. Elas estão chegando para ajudar na transformação social, educacional, familiar e espiritual de todo o planeta, independente das fronteiras e de classes sociais. São como catalisadores para desencadear as reações necessárias para as transformações. Elas possuem uma estrutura cerebral diferente no tocante ao uso de potencialidades dos hemisférios esquerdo (menos) e direito (mais). Isso quer dizer que elas vão além do plano intelectual, sendo que no plano comportamental está o foco do seu brilho. Elas exigem do ambiente em volta delas certas características que não são comuns ou autênticas nas sociedades atuais. Elas nos ajudarão a destituir dois paradigmas da humanidade: unir o pensar e o agir, e aproximar o “eu” do “próximo”. Isso se chama fraternidade irrestrita. Outro trecho é fantástico: “Estas crianças simplesmente não respondem a estas estruturas rígidas porque para elas é imprescindível haver opções, relações verdadeiras e muita negociação. Elas não aceitam serem enganadas porque elas têm uma "intuição" para perceber as verdadeiras intenções e não têm medo. Portanto, intimidá-las não traz resultado, porque elas sempre encontrarão uma maneira de obter a verdade. Elas percebem as verdadeiras intenções e as fraquezas dos adultos”. A missão dos índigos não será fácil, porque a rigidez das estruturas sociais as cercearão. Mas cumprirão seu destino, lentamente, mudando junto a humanidade. Contudo, quero registrar mais um trecho da tradução: “Hoje o modelo de ensino é sempre imposto sem muita interação, sem escutar e sem a participação dos estudantes. Simplesmente este modelo é incompatível com os índigos sendo, portanto, o pior conflito, muitas vezes superior ao existente com a família, principalmente pela falta de vínculos afetivos ou amor. Como elas possuem um estrutura mental diferente, elas resolvem problemas conhecidos de uma maneira diferente, além de encontrar formas diferentes de raciocínio que abalam o modelo atual de ensino. Assim, através do questionamento, elas influenciarão todas as demais entidades, tais como mercado de trabalho, cidadania, relações interpessoais, relações amorosas e instituições espirituais, pois elas são essencialmente dirigidas pelo hemisfério direito do cérebro”. Com esse desafio à compreensão do novo-novíssimo, encerro esta série de artigos. O mundo envelhece e rejuvenesce na mesma ordem e na mesma proporção. Vale acreditar sempre no futuro humano e do planeta.
Editado por Giulio Sanmartini às 7/24/2006 02:19:00 AM |
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