Por Plínio Zabeu Não temos tido o sucesso esperado nas reuniões acima quando contávamos com melhores condições para o setor de comércio exterior, base principal de um superávit indispensável para o crescimento do país. Na Suíça nos faltaram experiência nas relações diplomáticas e tática comercial. Fomos simplesmente derrotados, embora alguma esperança ainda nos reste. Já na reunião do Mercosul o prognóstico é ainda pior. Isso porque foi implantada uma nova e perigosa hierarquia de mando na América Latina, como num quartel de forças armadas: Comandante Fidel Castro, sub-comandante Hugo Chávez, tenente Evo Morales, primeiro sargento Kirshner e segundo sargento Lula. Essa preocupante equipe mostrou dois aspectos. De um lado prega uma reunião geral para melhor condição comercial – “Mercosul é como coração de mãe”, disse o segundo sargento – onde sempre caberá mais um. Mas de outro lado – e aí mora o perigo – vai acumular interesse político com vistas a um confronto à globalização e principalmente aos Estados Unidos. E isso não é interessante para nosso país. Já foi provado que nosso comércio poderia ser muito maior com países mais ricos do que o que foi colocado pelo nosso presidente como principal, ou seja, comércio entre países emergentes. Ora. Países emergentes não têm tanto poder econômico quanto os mais ricos. Uruguai e Paraguai, além do Chile, já se programaram visando um acordo de livre comércio, nos moldes da ALCA, tão combatida pelos políticos que hoje governam, mas que na realidade seria muito mais vantajosa para nosso país do que nos comprometermos unicamente com a comercialização apenas com vizinhos ou com países distantes mas pobres. O chamado negócio “sul-sul”. Sabemos das intenções de Fidel e de Chávez. Ditadura, opressão, fortalecimento militar, conquistas de mentes e de territórios. Planos mirabolantes, como o gasoduto norte sul (inviável como já comentamos) e incremento do ódio contra os Estados Unidos. Isso tudo nos trará custo alto, tanto na economia como na política. E não deixará de influenciar negativamente nas tentativas de novas negociações como a encerrada na Suíça da qual saímos derrotados. O presidente paraguaio já havia manifestado grande preocupação com a entrada da Venezuela fazendo do Mercosul um fórum de maniqueismo político para confrontos ideológicos. Já o nosso embaixador, festejava tal participação. Algo não está certo em nossas relações internacionais. É momento de se procurar algo mais conveniente e produtivo.
Editado por Giulio Sanmartini às 7/28/2006 02:40:00 AM |
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