Prosa e Política - arquivo: SERÁ UMA ABÓBORA? SERÁ UMA BERINGELA? NÃO, É O SUPER ALCKMIN.

Por Giulio Sanmartini

Chama-se Sechium edule, mas poucos aqui na Itália o conhecem e nem pensam em chamá-la de Sechium, para eles é uma berinjela que dá em trepadeira de cor amarelo esverdeado, cultivada a custo zero e pode até acabar na mesa, mas com a família das berinjelas não tem parentesco algum. Na cidade de Otranto, é famosa por suas belezas artísticas e paisagísticas, há um muro onde cresce uma planta com o caule longo dez metros. É uma planta anual que pertence às famílias das abóboras, ou seja, das cucurbitáceas, portanto comestível. Foi introduzida na Europa inda no século XVI e lentamente caiu em desuso, mas em seu tempo tinha apreciadores.
É uma planta vigorosa no crescimento, de pequenas flores brancas e aparece de agosto a novembro. Obtida uma vez é praticamente eterna. Para obtê-la no ano seguinte, basta pegar um de seus frutos (com uns quinze centímetros de comprimento) e enterrá-lo com sua parte inferior. Conhecido pelo nome de chayotte, alguns os plantas para depois dá-los aos amigos como uma curiosidade. Mas pode ser comido em fatias finas açucaradas e fritas.
Entende-se porque não pegou na Itália, esse fruto é o nosso abundante chuchu, mas aqui também comem o abacate verde como salada misturada com nozes, o mesmo acontece com a manga.
Tem gosto para tudo, como dizia um meu primo maluco e anarquista: “Pra quem gosta, até esmagar os testículos no batente da porta é muito bom”. (G.S.)