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PIZAA A PAULO BETTI
As comemorações da vitória de Arlindo Chinaglia que aconteceram na Câmara já foram triste de se ver, mas aquela feitas depois no Clube das Nações (setor clubes de Brasília) foi um verdadeiro circo dos horrores.
Lá estava reunida a corja de depravados “companheiros” que foram os grandes protagonistas da ondada de escândalos “nunca antes vista nesse país”.
Acotovelavam-se os mensaleiros João Paulo Cunha e Professor Luizinho com o bandalho Antonio Palocci. Os infames José Genoino e José Dirceu não tiveram a coragem de aparecer.
Vieram uns poucos de outros partidos, com destaque para o líder do PTB José Múcio e o também mensaleiro José Borba (PMDB-PR) que renunciou ao mandato em 2005.
O Rio de Janeiro fez-se representar pelos vira-casacas do PMDB Eduardo Cunha, Nelson Bornier e Alexandre Santos, até pouco tempo atrás ferrenhos militantes da tropa de choque do ex governador Anthony Garotinho, mas um dele justificou-se sem o mínimo pejo:
- Garotinho já era. É carta fora do baralho.
Todavia a mais esplendorosa estrela do ágape foi o “grande capo dos aloprados” responsáveis pelo escândalo do dossiê e presidente nacional do Partido dos Trabalhadores, Ricardo Berzoini. Este representava o máximo da degradação moral que se pode ver em um ser humano. Era quem mais se movimentava e gesticulava. Visivelmente chumbergado fazia pantomimas, levando Mentor e Luizinho às gargalhadas.
Comandava um garçon a quem era ordenado que servisse mais uísque ao seu grupo.
Num momento de enevoada lucidez, o trio teve medo da imprensa, de serem registrados nesse estado e expulsaram os fotógrafos presentes.
Contudo o pior estava por vir, para não ficar atrás em escrotice (perdoem o termo, mas não encontro outro) à dança da impunidade de sua “companheira” de partido Angela Guadagnin, Bezoini foi para a pista de danças às margens da lagoa de Paranoá e começou a requebrar a dança da “pizza a Paulo Betti”.
Pobres brasileiros que são obrigados a passar por estes constrangimentos (G.S.)

NA FESTA DA VITÓRIA, A VOLTA DOS MENSALEIROS
Por Alexandre Rodrigues e Ana Paula Scinocca em O Estado de São Paulo
(para ler o artigo clicar em texto completo)
Comemoração para Chinaglia invadiu a madrugada e trouxe de volta à cena personagens ligados a escândalos
O deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP) comemorou a eleição para a presidência da Câmara com boa parte dos deputados protagonistas dos escândalos políticos do primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. De João Paulo Cunha (PT-SP) e José Mentor (PT-SP), investigados no escândalo do mensalão, ao ex-ministro Antônio Palocci, que caiu em desgraça no caso da quebra do sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa, um grupo restrito de petistas atravessou a madrugada de ontem celebrando entre taças de prosecco italiano e doses de uísque e chope. O cenário escolhido foi o Clube das Nações, no setor de clubes de Brasília. Ao som de pagode, executado em alto volume numa pista de dança às margens do Lago Paranoá, o presidente do PT, deputado Ricardo Berzoini, chegou até a ensaiar alguns passos de samba.
Foi uma festa. Na porta do clube, o carro oficial da presidência da Câmara indicava a presença do novo chefe da Casa. Um Chinaglia sorridente era o centro das atenções da mesa composta por João Paulo, Mentor, pelo deputado Luiz Sérgio (PT-RJ) e pelo ex-deputado Professor Luizinho (PT-SP).
Na ponta da mesa, Cândido Vaccarezza (PT-SP) foi tão festejado quanto Chinaglia. Ilustre desconhecido na política nacional até agora, foi um dos principais operadores da vitória - e também quem reservou o local da festa. De eminência parda, fez seu début com o pé-direito e teve o trabalho reconhecido. Passou a noite ouvindo elogios. 'Nasce um articulador político', disseram. 'Imagina. Fui só um modesto colaborador', respondia, sem esconder a alegria.
Berzoini preferiu ficar ao ar livre, longe da imprensa e perto dos colegas que, como ele, enfrentaram os maus bocados dos escândalos. Em um cantinho perto da piscina, ele atraía a rodinha mais animada da noite. Foram chegando um a um: primeiro, Palocci, que fumava um charuto; em seguida, Mentor, Luizinho e Luiz Sérgio. Desvencilhados dos paletós, à exceção de Palocci, eles conversavam animadamente.
O presidente do PT era o que mais gesticulava, provocando gargalhadas em Mentor e Luizinho. Também era o que mais acenava para o garçom que cuidava de repor o uísque e o gelo nos copos dos participantes. Mas aí a velha paúra da imprensa mexeu com os petistas. Eles não queriam ser fotografados com bebidas e acabaram expulsando os fotógrafos. Em sinal de boa vontade, permitiram a permanência dos repórteres.
As duas grandes ausências foram o deputado José Genoino (PT-SP) e o ex-ministro José Dirceu, já que boa parte de seu grupo estava lá. Poucos nomes de outros partidos passaram pela festa, como o ex-líder do PTB José Múcio Monteiro (PTB-PE) e o ex-deputado José Borba (PMDB-PR), que renunciou em 2005 envolvido no escândalo do mensalão. Dos deputados do aliado PMDB, Chinaglia recebeu a inusitada visita de um grupo do Rio que nunca circulou com tanta desenvoltura entre petistas. Os peemedebistas Eduardo Cunha, Nelson Bornier e Alexandre Santos entraram em fila indiana e passaram pela mesa do novo presidente. Com eles, estava ainda o deputado Hugo Leal (PSC-RJ). Os quatro já integraram a tropa de choque do ex-governador Anthony Garotinho (PMDB), ferrenho combatente do PT. Mas, na madrugada de ontem, Garotinho era carta fora do baralho.
A simbiose entre os dois grupos era quase perfeita. 'Nunca tivemos problemas com os petistas. Tivemos com o PT do Rio. Havia o Garotinho ali no meio do caminho. Agora não tem mais', justificou Cunha.



Editado por Giulio Sanmartini   às   2/03/2007 01:42:00 PM      |