Por Giulio Sanmartini José Dirceu antes de ser cassado via-se como ele mesmo disse:
“Minha história contribuiu para que eu fosse visto como o homem forte do governo. Não eu. Sou uma pessoa que tem humildade suficiente para saber de minhas limitações e sei reconhecer meus erros, como tenho feito publicamente. Em 2003, fiz o que tinha de fazer. E acho que cumpri bem. Não sou de falsa modéstia. Só que, agora, tenho outro papel no governo. Deixei a articulação política e federativa do governo. Sei trabalhar em equipe, tenho disciplina. É por isso que eu organizei o PT, transformei o PT, junto com todos os companheiros, numa instituição política. Nós estamos reorganizando o Estado e o governo – ao contrário do que diz a oposição. E isso salta à vista. É só pegar qualquer ministério e ver as transformações que está sofrendo. Todos os ministérios estão sendo reorganizados com objetivos claros”. Veja - 10/3/2004
O certo é que essa opinião passados quase três anos, como ele vem demonstrando, em nada mudou. Agora, mesmo dizendo que não, ele quer de qualquer forma ser anistiado para voltar a um cargo eletivo que lhe garanta dar passos maiores, se tiver que esperar até 2015, para tentar a presidência, já terá 69 anos, seria o presidente mais velho dos últimos 70 anos da República (Não estou contando Tancredo Neves, por dois motivos, primeiro que não teve voto direto, segundo que não tomou posse). A anistia poderá ser atingida por duas formas. Na primeira um deputado ou um senador deverá apresentar um projeto de lei que devolva os direitos políticos ao colega cassado. O segundo por um projeto de lei por iniciativa popular, que deverá recolher a assinatura de pelo menos 1% do eleitorado que defende a causa (1.260 mil assinaturas). Qualquer um dos dois sistemas deverá ser analisado e aprovado em plenário pela Câmara dos Deputados e pelo Senado, depois ser sancionado pelo presidente da República. O projeto de anistia a José Dirceu tem um inimigo poderoso: o presidente Lula, que pediu a Dirceu que não se empenhe na iniciativa, algo que parece difícil, como mostra a foto ao lado. Lula tema que a opinião pública se volte para o caso e o escândalo do mensalão, depois de hibernar, volte com mais força. Portanto entende-se que nesse “imbróglio” o presidente se encontre atolado até pescoço, pois quem não deve não teme.
Editado por Giulio Sanmartini às 2/12/2007 12:40:00 AM |
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